Foi inaugurado ontem o silo-auto da Estação, uma estrutura com capacidade para 169 lugares e que possui 5.100 metros quadrados, uma obra que esteve rodeada de alguma polémica nos últimos anos. O novo silo, situado entre o Eixo TCT e a rotunda do Tribunal, fica no subsolo da futura Igreja da Santíssima Trindade, em construção há quase cinco anos. Recorde-se que as obras pararam em Abril de 2002, devido «a erros técnicos», que impediram a junção entre os pilares que suportavam o silo e o templo, levando a estrutura a ceder de um dos lados, na altura, após as primeiras chuvas. A exploração do silo, a 55 anos, ficará a cargo da empresa construtora, a Lambelho & Ramos, que foi, de resto, a única a apresentar uma proposta aquando da abertura do concurso público. Esta foi uma das formas encontradas para libertar a igreja dos encargos financeiros da demolição e reconstrução da estrutura. A falta de visto do Tribunal de Contas e de estudos geológicos contribuíram, também, nos últimos anos, para o atraso das obras, que tiveram de sofrer correcções. Mesmo depois de, em 2004, por altura das comemorações dos 134 anos da Covilhã, José Luís Arnaut, o ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, ter garantido 750 mil euros de apoio à construção. De resto, o empreendimento, esperado há mais de 20 anos, terá um custo aproximado de 1,2 milhões de euros.