Cara a Cara

«O objetivo é unir a estrutura em torno de uma causa maior: o distrito da Guarda»

Cara A Cara Compressed
Escrito por Efigénia Marques

P – O significa ter sido eleito líder da Federação Distrital da Juventude Socialista (JS) da Guarda? R – Acima de tudo pauta-se por um enorme sentido de responsabilidade. Estamos a falar de um veículo de representação da vontade dos jovens que só alcançará o seu propósito se guiado com visão e responsabilidade. Por outro lado, é uma honra representar os jovens socialistas do distrito e ter a oportunidade de, em conjunto com a minha equipa, implementar um grande conjunto de ideias.

P – O que o levou a concorrer à Distrital da JS? R – A questão passa por quem me levou a encabeçar uma lista. O meu gosto pela causa social acaba por ser um complemento, pois a razão principal foi, numa fase de muitas decisões da minha vida, ter sido desafiado a fazê-lo por um vasto conjunto de jovens, de diferentes gerações na nossa estrutura, que acreditaram no modelo de trabalho que estava a ser implementado na concelhia de Mêda. Incorporada a ideia, a motivação passa pela dinamização da estrutura e promoção de alterações no seu funcionamento, fazendo dela uma referência no quadro distrital e nacional. Tudo isto assente na construção de um conjunto de jovens de espírito crítico que se orgulhem de contribuir no tecer de uma sociedade igualitária, que seja garante das mesmas oportunidades para todos, independentemente do lugar de origem.

P – Quanto à escolha dos restantes membros da lista, quais os critérios para integrarem a candidatura “Uma Federação de Todos, O Sonho de uma Geração”? R – Se alguém foi submetido a um crivo criterioso fui eu. A candidatura foi aberta a tantos quantos quiseram participar. Foram promovidos fóruns de discussão interna e visitas a todos os concelhos do distrito para auscultação das estruturas e populações locais para a construção do documento final. Houve um cuidado sim, com a representatividade nos órgãos de jovens de todo o distrito, a promoção da paridade da representação, as ideias, projetos e dinamismo com que cada um enriqueceu o movimento e, muito importante, a vontade de colaborar e transformar a sociedade.

P – Quais os principais objetivos para este mandato? R – Tornar a Juventude Socialista da Guarda um espaço mais atrativo à participação política foi sempre um desejo nosso. Fazer o mesmo com o espaço político em geral, procurando aprofundar o diálogo entre diferentes juventudes partidárias para encontrar novas soluções conjuntas, bem como amaciar a linguagem utilizada entre partidos, que, por vezes, pode ser áspera para os menos e para os mais calejados. Queremos também discutir a sociedade e a sua malha organizativa em diferentes pontos e medidas, que procuraremos saber implementar ao longo do mandato. As áreas de atuação podem ser resumidas nos grandes temas da coesão territorial, social, geracional e demográfica; emprego jovem; ambiente; igualdade, solidariedade e ação social; identidade: cultura e tradição; mobilidade; transição digital; turismo, lazer e desporto; educação e associativismo; saúde. Num plano geral, o objetivo é unir a estrutura em torno de uma causa maior – o distrito da Guarda –, debruçando-nos sobre temas e políticas de interesse a instituições e população local, como a regionalização, o sistema eleitoral e de representatividade do território na Assembleia da República, políticas afetas à juventude, despovoamento.

P – Quanto à integração dos jovens na política e nalguns cargos políticos, como nas autarquias locais, acha que tem aumentado? Qual a sua opinião? R – A cada quatro anos torna-se mais frequente ouvirmos anúncios de “órgãos autárquicos mais jovens de sempre” e o nosso distrito não é exceção. Isso é fruto do trabalho de estruturas jovens que se vão apresentando como solução e meio de auscultação de problemáticas ao longo dos mandatos autárquicos, atuando para lá dos períodos de campanha. É crucial, por outro lado, que os autarcas assumam uma posição de abertura, face a esta dinâmica, pela riqueza de ideias que os jovens podem acrescentar, mais do que uma cedência a uma imposição de quotas. Cientes de que as políticas jovens se discutem nestes palcos, a nossa estrutura também se apresentará como elemento sensibilizador neste assunto. _________________________________________________________________________

MIGUEL ÂNGELO ALMEIDA WILL

Idade: 25 anos

Naturalidade: Guarda

Profissão: Médico veterinário

Currículo (resumido): Desde o ensino básico, no Agrupamento de Escolas da Mêda, que se interessou e foi sendo convidado para fazer parte de movimentos associativos; Foi dirigente da Associação de Estudantes de Medicina Veterinária da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Trabalhou, em França, numa empresa de seleção e embalamento de produtos agrícolas nos primeiros anos de universidade; Atualmente é médico veterinário na Guarda; Filiou-se na JS em 2013 e assumiu dois anos depois a presidência da secção da Mêda, cargo que desempenhou até 2021; É deputado municipal do PS na Assembleia Municipal de Mêda.

Filme preferido: “O Gladiador”, de Ridley Scott

Livro preferido: “Por quem os sinos dobram”, de Ernest Hemingway

Hobbies: Ler, meditação, exercício físico, jogos de tabuleiro com a namorada, assistir a stand up comedy; confraternizar o mais possível com amigos e família. Quando o tempo permite, assistir a jogos de futebol – especialmente jogos do Sporting –, fazer “geocaching”, tocar guitarra e cantar, mas também a agricultura.

Sobre o autor

Efigénia Marques

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