Sociedade

Refugiados ucranianos começaram a chegar à Guarda

Refugiados
Escrito por Efigénia Marques

Autarquia disponibilizou-se para acolher cerca de 250 refugiados e as primeiras pessoas já estão no concelho

A Câmara da Guarda mostrou-se disponível para receber cerca de 250 refugiados da guerra na Ucrânia que quisessem viver no concelho e no distrito. A verdade é que têm chegado algumas pessoas, especialmente mulheres e crianças, mas nem todas têm ficado por cá. Na primeira ação desenvolvida pela autarquia, um autocarro que viajou até Varsóvia regressou com 43 refugiados. Posteriormente, a cidade acolheu mais 37 vindos no primeiro voo que chegou a Lisboa; e esta segunda-feira estavam previstas chegar mais 53 pessoas.
O acolhimento dos refugiados foi tema na última reunião do executivo, na segunda-feira, onde o vereador do PS, Luís Couto, aproveitou para colocar algumas dúvidas ao presidente do município: «Interessa neste momento saber como é feito o acolhimento inicial e o que se vai passar no futuro, saber se o acolhimento é para alguns meses ou se há uma estratégia de futuro para acolher estas pessoas e para os integrar no concelho», disse. O eleito da oposição esclareceu acrescentou que «esta recolha poderá passar por instalar definitivamente essas pessoas no concelho, o que me parece ser um passo muito adequado e de grande valia para o futuro».
Por sua vez, Sérgio Costa explicou que o município está «a dar apoio naquilo que são as nossas possibilidades na ajuda humanitária, para podermos acolher de braços abertos estes refugiados, essencialmente mulheres e crianças. Há alguns homens, mas são muito poucos». A primeira iniciativa da Câmara da Guarda foi o envio de um autocarro até Varsóvia para trazer alguns refugiados. «Transportámos pessoas que estavam desesperadas para sair de Varsóvia, algumas delas optaram por ir para junto dos seus familiares e amigos e nós agilizámos essa deslocação», confirmou o presidente da Câmara.
No entanto, o contrário também acontece: «Há refugiados que estavam noutras localidades que querem vir para a Guarda porque têm cá familiares e amigos, é isto que está a acontecer. Assim que tenhamos esta migração interna estabilizada do ponto de vista emocional, que haja integração laboral, social e educativa, iremos passar à fase seguinte, que é fazer com que as pessoas decidam ficar e reconstruir as suas vidas na Guarda», declarou, adiantando que esse trabalho está a ser feito pelo gabinete de crise para apoio aos refugiados ucranianos na autarquia que trabalha em colaboração com o Alto Comissariado para as Migrações e com a Secretaria de Estado da Internacionalização.

 

Catarina Reino

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Efigénia Marques

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