A modernização do parque industrial da Guarda vai ser alvo de um investimento de 4,5 milhões de euros. A assinatura do contrato de financiamento, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) teve lugar na segunda-feira, nos Paços do Concelho, na presença das ministras da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
O objetivo desta intervenção é criar uma área de acolhimento empresarial de nova geração, onde será possível a produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo, ter ilhas de qualidade energética A+ e soluções de carregamento de viaturas elétricas e abastecimento a hidrogénio. O projeto contempla ainda a cobertura total de banda larga rápida (5G) e a implementação de medidas contra incêndios nestas zonas empresariais. «Com este projeto queremos recuperar e aumentar a competitividade do nosso parque industrial, que será um dos dez projetos pioneiros no país», afirmou o presidente da autarquia. Sérgio Costa aproveitou a sessão para assumir o desafio de «alargar esta comunidade energética» à plataforma logística (PLIE) e ao parque empresarial da Arrifana. «Queremos também criar condomínios energéticos nas freguesias».
Para Ana Abrunhosa, este é «um belo exemplo de investimento público estruturante para que as empresas sejam competitivas», tendo acrescentado que o PRR «traz 12 milhões de euros para o interior da região Centro [são mais 7,5 milhões para a área de acolhimento empresarial de Oliveira do Hospital]». A governante considerou que «os nossos empresários precisam destas condições», mas «ainda faltam estradas, ligações estruturantes, nos nossos territórios», admitiu. A O INTERIOR, Orlando Faísca, presente na sessão, afirmou que este investimento «interessa às empresas porque permitirá trazer tecnologia e sustentabilidade. É uma mais-valia, mas esperam-se mais investimentos e é com isso que pretendemos trabalhar». Na sua opinião, as empresas da Guarda precisam de «inovação e de investimento diferenciado, por isso este projeto pensamos que ser uma alavanca para o futuro da região».
O projeto terá que ser concretizado até 2025, esperando os promotores poder adjudicar os trabalhos em junho deste ano. O PRR tem reservados 110 milhões de euros para os dez projetos-pilotos a concretizar em zonas empresariais. Além da Guarda, foram contemplados os municípios de Chaves, Melgaço, Vila Real, Águeda, Oliveira do Hospital, Rio Maior, Campo Maior, Beja e Lagos.