Cultura

Construção de bombos e caixas é Património Cultural Imaterial

Bombos
Escrito por Efigénia Marques

A construção de bombos e caixas no concelho do Fundão já integra o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. A inscrição pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) foi publicada na passada sexta-feira no “Diário da República”.
O processo foi desencadeado pelo município para «ajudar a preservar o método de construção de bombos e caixas, assim como todo o conhecimento e a forma única e diferenciada como se toca este instrumento no concelho», onde existem vários grupos de bombos. A inscrição no inventário nacional teve em conta, tal como refere o despacho da subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, vários critérios de apreciação, nomeadamente «a importância da manifestação enquanto reflexo da identidade da comunidade, grupos e indivíduos que a praticam e se encontram associados» e «a importância da sua dimensão histórica, social e cultural na área territorial em que se insere».
Outros argumentos são «a relevância da manifestação para o desenvolvimento sustentável nos territórios onde se pratica» e «as atuais características do contexto de transmissão do saber-fazer, que acarreta riscos passíveis de comprometerem a sua continuidade, a curto médio prazo». A manifestação “Construção de Bombos e Caixas no Concelho do Fundão” foi, por isso, inscrita como «salvaguarda urgente». Atualmente, está a ser preparada uma candidatura do bombo a Património Cultural Imaterial da Humanidade, num procedimento que envolve o “Tocá a Rufar” e a Câmara do Fundão. Já a funcionar está a “Casa do Bombo”, espaço museológico situado na freguesia de Lavacolhos e cujos conteúdos temáticos dão a conhecer a história e tradição, bem como os métodos de produção, integrando ainda um espaço oficina.

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Efigénia Marques

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