O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) vai reunir «quando for possível» com as Uniões de Sindicatos da Guarda e Castelo Branco sobre a reposição dos descontos nos passes sociais, que foram suspensos em setembro de 2020.
«Repor os descontos é uma decisão do Conselho Intermunicipal, não do presidente da CIMBSE, mas vamos ver porque neste momento estes encargos são um problema muito sério, pois envolvem montantes muito significativos e os apoios para cobrir esses custos não os cobrem e exigem um esforço dos municípios que os próprios não contavam, nem estavam habituados», afirmou Luís Tadeu a O INTERIOR. O responsável falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura do protocolo de cedência de instalações para o subcomando regional da Proteção Civil da CIMBSE, na passada sexta-feira, quinze dias depois dos sindicatos terem voltado a manifestar-se pela reposição dos descontos.
«Temos que equacionar as melhores alternativas para ultrapassar estes problemas porque, além da questão do elevado custo, há também o facto do mercado dos transportes coletivos não funcionar, muitas vezes, de forma transparente e clara. Há certas posições de dominância que ainda exercem sobre a comunidade e os municípios pressões que não devia haver», acrescentou o também autarca de Gouveia. Por isso, Luís Tadeu adiantou que uma das alternativas em cima da mesa pode ser a CIMBSE, os municípios ou «outra forma jurídica ser parcialmente uma operadora de transportes e ganhar autonomia e capacidade de optar e agir com outra liberdade nesta matéria».