A matemática é uma ciência exata. 2+1=3 ou 1+2=3. A ordem dos fatores é arbitrária. Nesta indução lógica a dicotomia entre campos é apenas o cálculo num total de três. Só que 2 é o dobro de 1 e tudo se baralha quando um tem dois e o outro só fica com um. Nestas contas é impossível a divisão a meio, encaixando tudo o resto na bela teoria de Monsieur de La Palisse.
A crónica de hoje é de um, dois, três ou vários corações aos pulos. A luta torna-se curiosa, em que Marseille dá tudo pelo poder e o processo cínico faz com que estes discípulos menores opinem, numa espera calculada, onde o cheiro (quase) arrasa consciências, deixando de lado os pruídos corretores do pensamento e linguagem, usando, tantas vezes, argumentos peixeiríficos do mercado do Bulhão com tricos, ditos, mexericos, não interessando o projeto, a escolha dos melhores, utilizando o pacóvio argumento do tacho ser interrompido a meio da legislatura, de quem efetivamente apostou forte mas…no “cavalo errado”.
C’os diabos… afinal o poder não é efémero ou então a defesa do próprio umbigo é o modus vivendi de quem quer dar muito mais “Money” a “boy’s” e “girl’s”… Sim, esses mesmos, os tais “apparatchiks” do sistema…
3.600+376+70/dia+0,36/km!!! Em política não há mal-entendidos. Tudo é feito de forma intencional, o que parece é, tem efeitos corrosivos, danos colaterais e nem mesmo a experiência de rapazes e raparigas, mais ou menos grisalhos, deixam de fora um simples queijo da serra, que tanto mal faz ao cérebro, provocando-lhes inúmeros esquecimentos, de como se defende este interior profundo, tentando transmitir a mensagem de orgulho e preconceito da importância daquilo que efetivamente pensamos e do que somos capazes, para de seguida ouvirmos histórias desta geração que tem menos vícios, mas que se comporta seguindo a velha filosofia de vida onde a voracidade corcodílica do poder é mais que muita.
O discurso faz-se numa toada do politicamente correto, onde a ética é completamente esquecida e a ciência moral é recheada de conceitos antigos, tentando respeitar o regime que vivemos, utilizando a conversa fiada (de sempre): melhores salários, melhores reformas, melhor saúde, melhor emprego para os jovens, melhor educação, melhor justiça, melhor cultura, melhor interior, melhor…tudo e mais um par de botas.
A história repete-se e nem vale a pena citar Marx. Melhor mesmo é referir Fidel. Pode ser que a História lhes possa perdoar. Com estes pseudo-artistas, verdadeiros contadores de historietas, o escaparate de ofertas torna-se extremamente limitado, pois ainda temos de perceber qual será a aposta laranjífica: a de um rio seguro ou de um rio sem regresso, visto que para os lados rosáceos o equipamento paraquedista já foi novamente entregue e aceite. Assim, as contas são boas e fáceis de fazer. Dois rosáceos e um laranjinha ou o seu contrário?
No dia 30 de janeiro esperemos estar por cá para verificarmos o veredictum popular. Isto é se o bichinho nos deixar. Cuidem-se…
Em bicos de pés
” Em política não há mal-entendidos. Tudo é feito de forma intencional.”