A empreitada de modernização do troço Mangualde-Celorico da Beira, da Linha da Beira Alta, foi consignada na semana passada pela Infraestruturas de Portugal (IP) ao consórcio formado pelas empresas Mota Engil e Mota-Engil Railway Engennering. A obra foi adjudicada por 68,8 milhões de euros.
Os trabalhos num troço com cerca de 34 quilómetros, sobre a atual via, consistem na substituição integral da superestrutura de via, na alteração do layout das estações de Gouveia e Fornos de Algodres de forma a assegurar o cruzamento de comboios de 750 metros de comprimento. Está igualmente prevista a reabilitação dos sistemas drenagem, construção de passagens superiores e inferiores, entre outras intervenções. Atualmente, há cinco empreitadas em fase de contratação ou em obra na Linha da Beira Alta, representando, no seu conjunto, um valor global, de investimento estimado, superior a 380 milhões de euros. Entre elas estão Celorico da Beira-Guarda (46 quilómetros), com um valor de adjudicação de 54 milhões de euros, e Cerdeira-Vilar Formoso (25 quilómetros), de 43 milhões de euros.
No terreno está a decorrer a modernização dos troços entre a Pampilhosa e Santa Comba Dão, e de construção da nova Concordância que ligará a Linha do Norte e a Linha da Beira Alta, entre Celorico da Beira e a Guarda, bem como o troço entre Cerdeira e Vilar Formoso. Concluída foi já a empreitada entre a Guarda e Cerdeira, com 14 quilómetros, com um investimento de 8,7 milhões de euros. Estas empreitadas na principal ligação ferroviária à Europa fazem parte do Plano de Investimentos Ferrovia 2020, onde a ligação Porto/Aveiro-Vilar Formoso é definida como um projeto prioritário para reforçar a ligação do Norte e Centro de Portugal com a Europa por caminho-de-ferro.