Os bares e discotecas voltaram a abrir passado pouco mais de um ano e meio. A decisão foi tomada em Conselho de Ministros devido ao avanço da vacinação em Portugal. O Gin Gibre, situado junto à Sé Catedral da Guarda, foi um dos bares que reabriu portas este fim de semana.
Durante a pandemia conseguiu funcionar com as regras dos cafés, ou seja, com horário das 16 horas até à uma da manhã. Regressou agora ao horário normal, das 22 horas até às cinco da manhã, apesar de o proprietário Paulo Lopes admitir que ainda não está a ser usado: «Só quisemos abrir até às três para ver como corre», disse a O INTERIOR no rescaldo das primeiras noites da “liberdade”. O proprietário faz um balanço muito positivo da reabertura dizendo que «houve uma grande afluência por parte dos mais jovens porque o nosso público costuma ser maioritariamente mais velho. Eu acho que há, realmente, há uma grande vontade de ir para a noite, mas agora queremos perceber se é temporário ou se realmente é porque estiveram tanto tempo sem irem à discoteca».
Lá dentro, passa a não ser obrigatório o uso de máscara, pelo que Paulo Lopes admite ter «um bocadinho de receio em relação ao futuro, mas também podemos ir controlando, nomeadamente reduzir um bocado a lotação se virmos que as coisas estão a piorar para tentar que não haja tanta gente e se consigam manter melhor as distâncias». Para entrar, os clientes têm, obrigatoriamente, de mostrar certificado digital de recuperação, vacinação ou teste negativo à Covid-19. O proprietário do Gin Gibre adianta que «as pessoas foram recetivas, a maioria já sabia que tinha de o apresentar e não houve problema nenhum».
Entre os clientes do Gin Gibre, naquela que foi apelidada por muitos de “Noite da Liberdade”, ou seja, a última sexta-feira, estavam muitos jovens. Ana Carolina Gonçalves, de 17 anos, revelou estar «com um bocadinho de medo, mas espero que haja diversão porque já estávamos à espera disto há muito tempo e só agora é que conseguimos ficar “livres”. Espero também que haja um bocadinho de cuidado por parte de toda a gente». Já Raquel Marques, de 17 anos, concordou que «estávamos todos à espera deste momento e, por isso mesmo, as expectativas estão altas, pois estamos com muita sede destes momentos e vendo esta “portinha aberta” vamos aproveitar». Também Maria Morais, de 16 anos, revelou o quão importante é nesta idade este caráter mais social: «Quando estávamos a começar a sair fechou tudo, então não deu para aproveitar como queríamos e estivemos muito tempo sem nada disto», disse.
Por sua vez, João Morais, de 17 anos, afirmou que «a vontade é maior que o receio, pois se os peritos de saúde acham que está seguro, quem somos nós para dizer o contrário». Por isso, «esta é uma noite em que, finalmente, voltamos à normalidade que tínhamos antes do Covid e que seja uma noite em que nos possamos divertir como jovens, como já devíamos ter feito e como merecemos», acrescentou.
“Noite da Liberdade” leva centenas de jovens às discotecas na Guarda
Gin Gibre foi um dos bares da Guarda que reabriu sem restrições no passado fim de semana e teve casa cheia