Foi descoberta recentemente, no Sítio do Fariseu, do Parque Arqueológico do Vale do Côa, uma gravura que parece fugir ao normal daquelas que estão habituados a encontrar naquele território. Os Arqueólogos do Côa descobriram fragmentos, que juntos, formam uma cerva gravada por incisão, uma técnica que nada tem a ver com as que têm sido descobertas. Mas não é só isso que faz deste artefacto, uma gravura única e com características especiais.
Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, explicou que este achado é muito importante por vários motivos, «o primeiro é por ser uma figurativa diferente, pois não são muito comuns as cervas no Vale do Côa e portanto esta cerva é de facto uma novidade, depois a datação». «Nós estamos à espera de evidências científicas, mas tudo indica que estamos perante uma gravura que tem pelo menos 14 mil anos», referiu a presidente.
Aida Carvalho referiu ainda que a gravura «está a ser trabalhada no sentido de integrar, futuramente, uma sala específica de datações» do museu do Côa, que possui uma imensa galeria ao ar livre com mais de 1200 rochas, distribuídas ao longo de 20 mil hectares de terreno.