Entrevista Especial Pinhel

Centro Interpretativo do Vale do Côa projetado para Cidadelhe

Cidadelhe
Escrito por Efigénia Marques

A Câmara de Pinhel, a Fundação Côa Parque e a Junta de Freguesia de Vale do Côa celebraram recentemente uma parceria para a abertura da tão desejada “porta Sul” do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) na localidade de Cidadelhe.
Na prática, este acordo permitirá criar um centro interpretativo do Vale do Côa que funcionará como extensão do Museu do Côa, onde os visitantes vão ficar a saber mais sobre a arte rupestre classificada como Património da Humanidade e sobre o próprio museu de Vila Nova de Foz Côa. O espaço ficará instalado no Centro Difusor de Cidadelhe. Para Rui Ventura, este é «um dos passos principais» para a abertura da “porta Sul” do PAVC naquela aldeia do concelho de Pinhel. O projeto é financiado por um investidor estrangeiro, ao abrigo do programa dos “vistos gold”, que, em contrapartida, receberá um visto de residência em Portugal. Segundo o autarca, esse foi um processo iniciado com o anterior presidente da Côa Parque, Bruno Navarro, falecido no início do ano.
«É totalmente financiado por este investidor e que fica património da Fundação, num espaço cedido pela Junta de Freguesia do Vale do Côa por 30 anos. A Câmara Municipal tem a responsabilidade de garantir a permanência de um funcionário da área do turismo para abrir este centro interpretativo ao público e a “Casa Forte” do pálio de Cidadelhe», adianta o autarca a O INTERIOR. Recorde-se que é a partir de Cidadelhe, aldeia que pertence à Freguesia de Vale do Côa, que é possível visitar o Núcleo da Faia, onde está um conjunto de gravuras rupestres que têm estado mais reservadas – não integram atualmente os circuitos de visitas do PAVC –, bem como as únicas pinturas encontradas até agora na área do parque arqueológico.
Os promotores desta parceria sublinham que o objetivo deste projeto é «promover e valorizar um património classificado como Património da Humanidade». O protocolo foi celebrado entre Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque; Albertino Tomé, presidente da Junta do Vale do Côa; e o autarca pinhelense. Rui Ventura acrescentou que esta iniciativa faz parte de um projeto «mais abrangente» de dinamização turística do concelho com a construção dos miradouros e de mais um centro interpretativo no âmbito do projeto “Ver e Sentir o Falcão”.

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Efigénia Marques

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