Quatro vinhos da região distinguidos no concurso “Cidades do Vinho”

Este ano o vinho “Óptima Pergunta” da Cooperativa Agrícola Beira Serra, de Vila Franca das Naves, foi distinguido com a Medalha Grande Ouro no concurso “Cidades do Vinho”.
Joaquim Gamboa, administrador da cooperativa de Vila Franca das Naves, recebeu o prémio com «satisfação» porque, «de ano para ano, fazemos um grande esforço para melhorar os vinhos e ter melhores condições. Gastamos muito para ter equipamentos próprios e ter bom vinho, porque se não tivermos qualidade então não vale a pena trabalhar nesta área». O “Óptima Pergunta” ganhou a única medalha “Grande Ouro” da Beira Interior. O responsável adianta que a Cooperativa produz cerca de «3 milhões de litros de vinho e, neste último ano, foram apenas dois milhões e meio porque foi um mau ano, o clima não nos ajudou».
Também vilafranquense, o vinho “Bodas Reais” venceu a medalha de ouro, assim como os vinhos “Especial 75º Vindima” e o “Premium Celebração 250 anos Pinhel”, da Cooperativa de Pinhel. Agostinho Monteiro, presidente da Adega pinhelense, destaca que «não é fácil numa adega cooperativa, onde só controlamos a uva depois de nos ser entregue, conseguir fazer o trabalho que permite competir com vinhos de particulares – que controlam a vinha e o vinho». Vários vinhos de Pinhel têm sido distinguidos em diferentes concursos e Agostinho Monteiro acredita que o «reconhecimento é consensual e podemos afirmar que a qualidade não pela nossa ideia ou análise, mas pela análise e avaliação externa». Por isso, o responsável afirma que «o consumidor sabe que ao beber um vinho de Pinhel está a beber um produto natural, português e com muita qualidade».
O presidente da Cooperativa de Pinhel revela que acaba de ser feito um investimento que ronda o «milhão de euros» para instalar um sistema de fermentação que «é inovador e que, em Portugal, foi o primeiro a ser instalado». O concurso “Cidade do Vinho” pretende aliar os «vinhos e o território de origem e potenciar a divulgação e promoção de ambos», segundo a organização. Desta forma é possível «valorizar as duas atividades económicas com maior significado na região – a viticultura e o turismo».