Sociedade

Portagens voltam a aumentar

Portagens
Escrito por Efigénia Marques

Tarifas subiram 1,83 por cento com o novo ano e podem «condicionar o interior», alerta Plataforma P’la Reposição das SCUT

As portagens das autoestradas vão subir 1,83 por cento em Portugal este ano de 2022. Este aumento deve-se ao cálculo da inflação registada no mês de outubro de 2021 que determina a variação do preço a aplicar pelas concessionárias a partir do primeiro dia do ano.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, em novembro, que o Índice de Preços no Consumidor subiu 1,8 por cento face ao período homólogo e registou ainda um aumento de 0,3 pontos percentuais em relação a setembro.
Segundo a lei o aumento das portagens em cada ano é estabelecido através do cálculo da taxa de inflação homóloga em Portugal registada no último mês completo, antes de 15 de novembro, data limite para as concessionárias comunicarem ao Governo as propostas de preços para o ano seguinte. Em 2020 e 2021, as portagens não sofreram aumentos devido à inflação negativa, mas subiram com a chegada de 2022.
Face aos valores apresentados, a Plataforma P’la Reposição das SCUT considera que este aumento é «mais um atentado» à capacidade competitiva do interior. Em declarações a O INTERIOR, Luís Garra, porta-voz do movimento, compreende que este aumento seja resultado de um ajuste feito pelas concessionárias, mas sublinha que cabe ao Governo «alterar esta legislação». Na sua opinião, «estes aumentos não se justificam»: «O que regulamenta os aumentos é o decreto-lei, mas, se quiser, o Governo pode negociar com as concessionárias estes aumentos».
Luís Garra afiança que o interior já tem «vários problemas» e que as portagens «só os agravam». De resto, a Plataforma vai organizar dois debates com os cabeças de lista às legislativas nos distritos da Guarda e Castelo Branco porque «estamos muito disponíveis para envolver e mobilizar as populações». Posteriormente, as novas ações serão definidas em «função da proposta» do Orçamento que o novo Governo apresentar, mas também «do compromisso e posição» que os partidos vierem a tomar durante a campanha eleitoral, adianta Luís Garra.

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Efigénia Marques

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