Um grupo de cerca de 40 jovens afixou em 25 ruas da Covilhã placas toponímicas com nomes alternativos para alertar contra a invisibilidade da mulher no espaço público.
A intenção dos ativistas do Coolaboratório, grupo de jovens que reúne na cooperativa de intervenção social Coolabora, é estimular a reflexão sobre o direito à igualdade entre homens e mulheres.
O grupo criou placas toponímicas, com um grafismo semelhante às que existem na cidade, e deu-lhes nomes de mulheres locais, mas também de outras que lutaram pela liberdade, trabalhadoras, mulheres invisibilizadas ou que enfrentaram opressões, referiram.
Na principal via comercial da cidade, junto à placa da Rua do Comendador Mendes Veiga, surge uma outra, com o nome Rua Rosa Veiga, industrial dos lanifícios. Outras aludem à Rua Maria Lurdes Parente Silva, presa política da PIDE; Rua Adelaide Cabete, médica; Rua Carolina Beatriz Ângelo, médica e a primeira mulher a votar em Portugal; Rua Celeste Caeiro, que distribuiu os primeiros cravos na revolução do 25 de Abril; Rua Maria de Lurdes Pintassilgo, primeira-ministra do V Governo Constitucional; e a Rua de Todas as Mulheres.