Sociedade

Ortopedista do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira implementa técnica inovadora no SNS para tratamento do “dedo em gatilho”

Escrito por Luís Martins

O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB). na Covilhã, foi o primeiro hospital público português a implementar uma técnica cirúrgica ecoguiada para tratamento do “dedo em gatilho”. O tratamento foi efetuado por Cláudia Santos, ortopedista responsável pelo grupo de cirurgia da mão do CHUCB, anunciou a instituição esta sexta-feira.

«Combinando a técnica WALANT (“wide awake local anesthesia no tourniquet”), através da qual o doente permanece acordado ao longo da cirurgia, com a técnica percutânea ecoguiada para o “dedo em gatilho”, o doente é tratado com o conforto e benefícios de uma anestesia local, em regime de ambulatório. Além disso, sai do procedimento cirúrgico com plena capacidade para usar a mão intervencionada, podendo regressar às suas atividades diárias e laborais, num curto espaço de tempo», refere o CHUCB em comunicado enviado a O INTERIOR.

O “dedo em gatilho”, também conhecido como dedo em mola, é uma condição que afeta a qualidade de vida de muitos indivíduos, causando inflamação na bainha dos tendões da mão, que leva a ressaltos dolorosos e limitações na mobilidade. A primeira linha de tratamento requer o uso de anti-inflamatórios e infiltrações, mas quando essas abordagens não são eficazes, a cirurgia torna-se necessária.

O CHUCB lembra que, tradicionalmente, a cirurgia consistia numa incisão na palma da mão que, apesar de eficaz, resultava frequentemente em cicatrizes duras e dolorosas, que poderiam demorar meses a resolver, limitando a capacidade dos utentes para realizar tarefas quotidianas ou retornar ao trabalho. «Com esta técnica inovadora e minimamente invasiva, os cirurgiões podem realizar a intervenção através de um pequeno orifício na pele, evitando pontos (suturas) cutâneos e cicatrizes cirúrgicas. Durante todo o procedimento têm a capacidade de visualizar, em tempo real, todas as estruturas anatómicas envolvidas, utilizando o ecógrafo e garantindo assim a eficácia e segurança da intervenção», acrescenta a unidade hospitalar.

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Luís Martins

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