O orçamento da Câmara da Guarda para este ano aumentou 7,9 milhões de euros, passando de 63,4 milhões de euros para 71,3 milhões com a integração do saldo de 2021.
A proposta foi aprovada por maioria, na reunião do executivo desta segunda-feira com os votos favoráveis dos vereadores do movimento independente “Pela Guarda” e do PSD e a abstenção do vereador do PS. Luís Couto justificou a posição com o facto da distribuição da verba pelas rúbricas «não contemplar um reforço substancial» às Juntas de Freguesia, no âmbito dos acordos de cooperação e execução. Isto porque, para o eleito socialista, as freguesias apenas vão receber mais 300 mil euros.
Para Carlos Chaves Monteiro (PSD), o valor do saldo de 2021 confirma que a autarquia «estava de boa saúde financeira», no entanto, o social-democrata considera que o valor atualizado do orçamento pode ficar «muito aquém» ao nível da execução orçamental. «Se a nossa previsão já era de uma taxa reduzida, agora de certeza que se confirmará essa expectativa», alertou o antigo presidente da Câmara.
Por sua vez, o presidente do município responde que, «a seu tempo, falaremos sobre isso porque ainda estamos em fevereiro. Vamos ver o que virá aí do Orçamento de Estado porque não sabemos os montantes a transferir para as autarquias e que influenciam, e muito, pela positiva ou negativa, os orçamentos municipais».
Sobre a verba que transita do Orçamento do ano passado, Sérgio Costa salienta que «estamos a falar em 8 milhões, mas se estivéssemos a falar em 10 ou 11 milhões era melhor, até porque nos últimos dois anos não houve FIT, “Cidade Natal”, “Santos do Bairro” ou Carnaval e isto não está refletido totalmente nestes números». Além disso, «os custos com a pandemia não foram assim tão elevados quanto isso», sublinha o autarca independente.