Sociedade

Não queria ter filhos, mas agora é «mãe de sete»

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Escrito por Efigénia Marques

É contra o aborto e contra métodos contraceptivos

No primeiro domingo de maio, em Portugal, o dia é dedicado às mães. Isabel Campos é farmacêutica, reside na Guarda e é mãe de sete filhos. «Nunca» pensou ter filhos, mas agora está «feliz» por fazer parte de uma família numerosa.
«A mais velha tem diferença de 12 anos do mais novo. É a Carolina, a Joana, o Rodrigo, a Bruna, o Hugo a Iris e o Dinis», adianta. Isabel Campos é contra o aborto e contra o uso de métodos contracetivos, por isso «quando estudei os contracetivos disse logo que nunca ia tomar aquilo e nunca tomei… E deu no que deu», ironiza. Ter uma família numerosa «só tem vantagens», considera. Há «desvantagens, mas nem lhes chamo isso. São todas as despesas, trabalho e envolvência… mas todo o resto compensa», garante Isabel Campos, que não esquece a chegada à escola. «Era engraçado. Assim que chegávamos ouvia-se logo “Chegou o Campos Bus”», recorda agora.
Na altura, «tinham todos a síndrome de filhos únicos, só agora mais tarde é que começaram a inter ajudarem-se. Brincavam todos juntos e não se zangavam, mas cada um tinha a sua vida. Hoje é fantástico, já lhes disse que são como o vinho do Porto e quanto mais crescem melhores são», afirma. Atualmente, Isabel Campos conta que já se começam a ver «mais afinidades de feitos» entre os irmãos. «Há uns que se dão melhor com outros. E a mais velha dá-se bem com todos, mas depois ficam agrupados consoante as idades mais próximas», explica.
Ter uma família numerosa é o «desejo de muitos», mas exige «muita organização». A partir do quarto filho, Isabel Campos «já não notava se era mais um, mais dois, mais três… Foi um limite que não consegui perceber». E para gerir uma casa com sete filhos «é preciso organizar toda a logística e o resto vem por acréscimo», tranquiliza esta mãe, que diz que «as preocupações e os trabalhos não se dividem». No seu caso «multiplica-se tudo por sete», mas, apesar disso, afirma ter uma vantagem importante: «Eles ouvem-me. Podem, na altura, torcer o nariz, mas ficam a pensar e de seguida acatam com a sugestão», revela a farmacêutica que trabalha no Hospital Sousa Martins, na Guarda.
Isabel Campos acredita que «estamos numa altura diferente em que as pessoas se perguntam “para que é que vamos ter filhos?”. Não digo para terem sete filhos, mas um ou dois acho que sim. É muito bom», sublinha.

Sofia Pereira

Sobre o autor

Efigénia Marques

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