Sociedade

MP arquiva inquérito relativo à morte de caloiro de Celorico da Beira no Politécnico de Leiria

Escrito por Luís Martins

O Ministério Público (MP) arquivou o inquérito relativo à morte de um aluno do Politécnico de Leiria, em abril passado, considerando que «terá sido de causa acidental» e concluindo pela «inexistência de indícios suficientes da prática de crime». André Fernandes tinha 18 anos e era natural de Celorico da Beira.

«Do teor das conclusões do relatório da autópsia, das declarações prestadas pelas testemunhas e do exame ao local resulta que a morte terá sido de causa acidental, tendo [o estudante] caído sobre a janela da marquise«, sustenta o MP, no despacho final datado de junho e revela esta quinta-feira pela agência Lusa. Ainda de acordo com o mesmo despacho, «assim, conclui-se pela inexistência de indícios suficientes da prática de crime», pelo que foi determinado o arquivamento dos autos.

A morte do caloiro do curso de Solicitadoria na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, ocorreu a 7 de abril. No dia seguinte, o Hospital de Santo André, em Leiria, revelou que o jovem tinha dado entrado na véspera no Serviço de Urgência Geral, «em manobras de reanimação, com um quadro de choque hemorrágico e apresentava duas feridas na região axilar», tendo o óbito sido declarado pelas 20 horas.

Na altura, a Polícia Judiciária foi chamada a investigar o caso, tendo apurado, de acordo com o despacho do MP, que na residência onde vivia o aluno e mais dois colegas «não havia sinais de desalinho ou luta, ainda eram visíveis alguns vestígios hemáticos, apesar de a senhoria ter procedido à limpeza do espaço».

«Do que se logrou apurar, é possível que a vítima estivesse aos pulos na zona da cozinha e da marquise, se tenha desequilibrado e caído, de forma acidental, para cima da janela da marquise, cujo vidro se partiu em vários pedaços, com pontas bastante aguçadas», lê-se ainda. Quanto à autópsia, revelou que a morte se deveu a lesões traumáticas «complicadas de choque hipovolémico», que «constituem causa adequada de morte», podendo ter sido devida «a acidente doméstico com quebra de vidro».

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Luís Martins

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