A última reunião de Câmara ficou também marcada por alguma polémica no período de antes da ordem do dia, quando Adelaide Campos pediu esclarecimentos sobre a intenção do município comprar seis lotes na urbanização do Torrão no âmbito do Plano Municipal de Habitação.
«Quis saber porque é que a Câmara não exerceu o direito de preferência na hasta pública realizada em 2023, quando os terrenos foram vendidos por cerca de 700 mil euros, e agora quer comprar por 1,7 milhões de euros», disse a vereadora socialista a O INTERIOR no final da reunião, que decorreu à porta fechada. Para Adelaide Campos, «isto é um grave prejuízo para o erário público, felizmente que a situação foi travada pelo chumbo do empréstimo». Na resposta, Sérgio Costa afirmou que, aquando da hasta pública, a autarquia não tinha ainda apresentado candidatura no âmbito do acordo assinado entre a CIMBSE, o IHRU e os municípios. «Além disso, não há direitos de preferência numa hasta pública judicial e muito menos em terrenos», acrescentou, criticando «falsos testemunhos lançados para denegrir a Câmara e tentar evitar que o nosso plano arrojado da habitação se concretize».
O autarca independente lembrou também que, no final de 2023, foi feita uma consulta pública ao mercado, «publicada em “Diário da República”, com critérios bem definidos, por isso não sabemos onde está a dúvida e não admitimos que alguém coloque em causa a legitimidade deste processo».