A Linha da Beira Alta, que está encerrada devido a obras de modernização, deverá reabrir até ao final do primeiro semestre de 2024, na sequência de uma «continuidade dos constrangimentos», avançou a Infraestruturas de Portugal (IP), na semana passada.
A IP prevê «que a reabertura da linha à exploração (com catenária em funcionamento) ocorra até final do primeiro semestre de 2024». Recorde-se que a reabertura do troço estava prevista para o dia 12 de novembro, mas em setembro foi anunciado um novo adiamento. A IP negou que o não cumprimento desta data seja um «novo atraso», argumentando que o que se verifica é «uma continuidade dos constrangimentos, nomeadamente a falta de capacidade do mercado da construção (subempreiteiros, materiais, equipamentos e mão de obra) resultante da atual conjuntura mundial, bem como do período de forte investimento que o país atravessa».
Entretanto a IP já começou os ensaios de via férrea e das instalações de tração elétrica no troço Celorico da Beira-Guarda. «No desenvolvimento dos trabalhos de modernização da Linha da Beira Alta, nos últimos dias foram realizados ensaios de via-férrea e das instalações fixas de tração elétrica do troço Celorico da Beira-Guarda. Com a conclusão destes ensaios dar-se-á agora início a uma nova fase dos trabalhos, que se prolongará até estarem reunidas todas as condições para entrada em exploração comercial do referido troço», refere a IP em nota nas suas redes sociais.
Na mesma comunicação, a empresa garante que «está a trabalhar empenhadamente no sentido de conseguir terminar todas as atividades que criem as condições para a reabertura da circulação ferroviária durante o primeiro semestre de 2024». A linha da Beira Alta está em obras desde 2019, sendo que em abril de 2022 a o troço entre Pampilhosa e Guarda foi encerrado pela IP para poder realizar as obras sem circulação de comboios. Esta interdição devia ter durado nove meses, para reabrir a linha em janeiro de 2023, no entanto, em outubro do ano passado a IP adiou a reabertura por mais seis meses «devido aos efeitos da pandemia e da guerra da Ucrânia», para julho deste ano. No final do ano passado houve novo adiamento e o avanço de uma nova data para o fim das obras que, afinal, também não foi cumprido.
Carina Fernandes