A Covilhã acolhe este sábado, pela primeira vez, a cerimónia de Juramento de Hipócrates, cujo ato solene terá lugar precisamente no dia em que a Ordem dos Médicos completa 80 anos. A sessão está agendada para o grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Beira Interior (UBI), onde 80 jovens médicos vão prestar juramento.
A cerimónia tem início pelas 10 horas com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, presidentes e representantes das secções regionais da Ordem dos Médicos, representantes da comunidade médica, bem como da sociedade civil. Haverá ainda um momento musical pela Orquestra de Violinos do Conservatório de Música da Covilhã.
No final, serão entregues a cédula profissional, um alfinete de lapela com o símbolo da Ordem dos Médicos e um livro do professor catedrático jubilado, Carlos Ribeiro, bastonário da Ordem dos Médicos no mandato entre 1996-1999. A obra intitula-se “Ser Médico – Carta aos Jovens Médicos”. A leitura do texto do Juramento culminará este ato solene.
Segundo o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, o juramento realiza-se na Covilhã porque «houve uma vontade expressa da Universidade da Beira Interior, dos responsáveis da Faculdade de Ciências da Saúde, dos estudantes e dos jovens médicos, para que existisse uma ligação mais aprofundada entre a universidade, a cidade e o Juramento de Hipócrates. A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos não poderia ignorar essa legítima vontade».
Carlos Cortes acrescenta que, além disso, «sempre existiu, da parte desta Secção Regional, a vontade expressa em democratizar e dar oportunidades iguais para todos, independentemente de serem de grandes ou pequenas cidades, do interior ou do litoral, da faculdade A ou da faculdade B». Para o responsável, esta cerimónia tem ainda outro significado, o de representar uma mensagem «muito importante para o Ministério da Saúde: O Direito à Saúde, o acesso aos cuidados de saúde e a igualdade de oportunidades são princípios e valores fundamentais em qualquer ponto do nosso território».