Sociedade

Joaquim Brigas promete um «tempo novo» para o IPG

Brigas
Escrito por Efigénia Marques

Depois de um primeiro mandato iniciado no final de 2018, Joaquim Brigas foi reeleito, sem oposição, em junho e tomou posse no cargo na passada sexta-feira

Na tomada de posse para um novo mandato à frente do Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Brigas antecipou «um tempo novo» para a instituição de ensino superior da Guarda. «Vamos criar um novo tempo na marcha histórica deste Politécnico. Um tempo para aprender, ensinar, investigar e trabalhar. Um tempo de maior qualificação, avaliação de desempenho e recompensa pelos méritos de cada um», destacou.
O presidente reeleito prometeu desenvolver «a investigação científica e a transmissão de conhecimento à sociedade, aumentando as interações com os tecidos social, económico e cultural da região e do país e com os tecidos empresariais de comunidades no estrangeiro». Outro objetivo passa por «alargar formações que valorizem e qualifiquem o capital humano da região», sublinhou Joaquim Brigas no seu discurso. Nesse sentido, destacou também o compromisso de «continuar a desenvolver uma permanente abertura ao exterior, fomentando parcerias com empresas, unidades de saúde, escolas, autarquias, IPSS, clubes desportivos e com órgãos de comunicação social», de forma a que o Politécnico possa alargar a realização de formações que «valorizem e qualifiquem o capital humano da região da Guarda e de todo o país».
O responsável prometeu ainda «a abertura» da instituição a públicos «não tradicionais», como adultos de várias gerações, e uma aposta na formação ao longo da vida de profissionais com carreiras de sucesso. «Vamos prosseguir a estratégia de orientar o ensino e a produção de ciência do IPG para parcerias com operadores no terreno, nomeadamente as empresas tecnológicas», disse, salientando que «é este o desígnio da Incubadora de Iniciativa Tecnológica que o Instituto está a desenvolver com polos ou incubadoras próprias nos concelhos de Mêda e Seia, aos quais se seguirão outros municípios que manifestem interesse em cooperar connosco». No novo mandato, Joaquim Brigas pretende «acrescentar valor e prestígio» às quatro Escolas Superiores da instituição, bem como proporcionar «melhores condições letivas» para os professores e «melhor gestão» ao nível do pessoal não docente.
Logo no início da sessão, as primeiras palavras foram dirigidas aos estudantes. «Sois vós, jovens da região da Guarda, jovens de todo o país, jovens da lusofonia, sois vós a razão principal da existência deste Politécnico e é para vós que todos nós devemos dedicar o melhor do nosso esforço e conhecimento», destacou o presidente do IPG. Durante o discurso de tomada de posse, Joaquim Brigas fez questão de referir que «a pandemia, e sobretudo a guerra na Ucrânia, criou-nos imensas dificuldades ao nível dos custos financeiros, principalmente energéticos», constrangimentos que «só têm sido ultrapassados com uma gestão rigorosa», garantiu. E sublinhou que a acrescer a estas crises mundiais «temos algumas opções políticas que podem asfixiar as instituições de ensino superior, principalmente as de menor dimensão e mais afastadas de Lisboa e Porto», dando como exemplo «o financiamento desigual que é feito aos mesmos cursos, consoante sejam ministrados num politécnico ou numa universidade». É o caso de Gestão, Turismo, Biotecnologia ou as Engenharias, que «recebem montantes muito diferentes do Estado, tendo em conta o subsistema em que são ministrados», criticou. Uma situação que Joaquim Brigas considera «injusta e limitativa para quem se esforça por investir o mais possível na oferta pedagógica de qualidade».
O presidente do Conselho Geral do IPG, Carlos Martins, não esteve presente na sessão, e através de uma intervenção gravada, sublinhou que Joaquim Brigas apresentou a sua recandidatura «sem oposição e rodeado de um amplo consenso sobre a qualidade do seu trabalho e visão estratégica para o futuro do Politécnico da Guarda».

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Efigénia Marques

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