Sociedade

Greve de médicos e enfermeiros com serviços minímos assegurados

Escrito por Sofia Craveiro

Começou hoje, à meia-noite, a greve nacional dos médicos que terá a duração de dois dias. Os enfermeiros juntaram-se à paralisação às 8 horas, e irão permanecer em protesto até ao final da semana.

Estão decretados serviços mínimos, conforme obriga o sector da saúde, que incluem todos os serviços de urgência, cuidados intensivos e outros, como quimioterapia e algumas cirurgias.

O primeiro dia da greve dos médicos foi convocado pelo Sindicato Independente dos Médicos e o segundo marcado pela Federação Nacional dos Médicos. Esta entidade promove também, na quarta-feira à tarde, uma manifestação junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Já os enfermeiros, reunidos pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor), iniciam esta terça-feira de manhã quatro dias de paralisação, que se estendem até sexta-feira.

Além de reivindicações específicas, ambas as classes lutam pela dignidade da profissão e por um melhor Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os médicos pretendem que exista médico de família para todos os portugueses, que haja uma redução das listas de utentes, mais tempo de consultas e diminuição do serviço de urgência, entre outras exigências, nas quais se inclui uma nova grelha salarial.

Em relação aos enfermeiros, o Sindepor reclama, entre outros parâmetros, o descongelamento das progressões, independentemente do vínculo ou da tipologia do contrato de trabalho e a inclusão de medidas compensatórias do desgaste, risco e penosidade da profissão, assegurando as compensações resultantes do trabalho por turnos. Reivindicam ainda condições de exercício para enfermeiros, enfermeiros especialistas e enfermeiros gestores que determinem a identificação do número de postos de trabalho nos mapas de pessoal e que garanta, no caso dos especialistas, uma quota não inferior a 40%.

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Sofia Craveiro

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