O projeto de um dispositivo médico para a terapia da apneia do sono, que combina conhecimentos adquiridos por alunos da Universidade da Beira Interior (UBI) nas áreas da engenharia e da medicina, foi o vencedor do Hackathon – Mundo Biomédico deste ano.
Da autoria de José Rebelo (mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores) e Rafaela Gomes (mestrado integrado em Medicina), o “Health Tech” convenceu o júri do concurso que é um dos contributos das estruturas da UBI para estimular o desenvolvimento de ideias inovadoras, empreendedorismo e produtos com potencial comercial na área da saúde.
Trata-se de um dispositivo que mede a atividade elétrica do músculo da língua, controla o momento em que o músculo deixa de receber impulsos elétricos neuronais e gera um estímulo elétrico de intensidade suficiente para restaurar a atividade muscular de modo a deslocar a língua novamente para a frente. Ao vencer o Hackathon o projeto recebe 350 euros e mentoria do UBIMedical para acelerar a iniciativa.
A edição deste ano teve a participação de oito equipas de estudantes de cursos como ciências biomédicas, medicina, engenharia informática e engenharia eletrotécnica, que estiveram no “pitch competition” realizado no dia 6 de junho. Para o UBIMedical, «esta edição foi um sucesso e demonstra o potencial e o interesse dos alunos da UBI para o bioempreendedorismo e a importância deste tipo de iniciativas para a valorização da academia e da região».
O Hackathon Mundo Biomédico é uma organização do docente da Faculdade de Ciências da Saúde, Eduardo Cavaco, no âmbito da Unidade Curricular (UC) Projeto em Ciências Biomédicas, do mestrado em Ciências Biomédicas, e Dina Pereira, gestora do UBIMedical, que faz o acompanhamento e o “scouting” das ideias com potencial empreendedor junto de algumas UC nas Ciências Biomédicas e na Bioengenharia.