Sociedade

Comando da UEPS da GNR só virá para a Guarda quando houver instalações

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Escrito por Efigénia Marques

Ministro da Administração Interna garantiu que «está nas mãos da autarquia, em articulação com a GNR, criarem as condições logísticas» para que essa unidade seja transferida de Coimbra

O Comando Nacional da Unidade de Emergência, Proteção e Segurança (UEPS) da GNR virá para a Guarda quando a Câmara disponibilizar instalações. A afirmação é do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que participou nas comemorações do Dia da Unidade da GNR, na passada sexta-feira, onde deixou a «garantia política» de que aquele Comando vai ser na Guarda.
«Quis reiterar o compromisso do Governo colocar na Guarda a Unidade Especial de Proteção e Socorro que, provisoriamente, ficou sediada em Coimbra, dentro dos objetivos de desenvolvimento integrado e de promoção da coesão territorial», afirmou o ministro aos jornalistas no final da cerimónia militar, durante a qual tinha abordado o assunto. José Luís Carneiro sublinhou que «havia o compromisso do Governo anterior e esse compromisso mantém-se», não sem acrescentar que «está nas mãos da autarquia, em articulação com a GNR, criarem as condições logísticas para que essa unidade possa ser transferida para a Guarda. Tão breve quanto possível, quando estiveram constituídas essas condições será feita a transferência da UEPS», acrescentou o titular da pasta da Administração Interna na presença do autarca guardense.
Para Sérgio Costa, presidente da Câmara, o que falta mesmo é «decidir», pois as cúpulas da GNR já estiveram na cidade para ver instalações para acolher o Comando da UEPS. «Falta tomar decisões por parte da estrutura governamental e pela GNR. Os espaços já foram visitados», respondeu o edil independente, admitindo que neste momento «só falta escolher as instalações». Contudo, Sérgio Costa escusou-se a indicar as soluções que estão em cima da mesa. «Não vou falar em qualquer localização. É um assunto que deve ficar em reserva até ficar decidido que instalações foram escolhidas pela GNR», assumiu. Até lá, o presidente do município deixa a garantia que «no mais curto espaço de tempo esperamos atingir este objetivo. Espero que ao longo de 2023 seja possível a fixação da UEPS em definitivo, na Guarda».
Ao que O INTERIOR apurou, uma das alternativas para instalar esta unidade especial da GNR é agora o edifício da antiga Pousada e delegação do Instituto Português da Juventude. O espaço foi recentemente visitado pelo comandante da UEPS, pelo comandante-general responsável pela secção de logística e pelo segundo comandante nacional da GNR, aos quais caberá a última palavra. Esta solução surge após não ser possível reinstalar a direção distrital do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, na Avenida Francisco de Sá Carneiro. A decisão de sediar na Guarda o Comando da Unidade de Emergência Proteção e Socorro data de 2019, decorrendo desde então a procura de instalações adequadas na cidade. Além do comando, o que está previsto é a vinda de uma das companhias daquela Unidade e os militares afetos ao Centro de Meios Aéreos da Guarda, num total superior a cem militares, entre guardas e oficiais.
A colocação deste comando de âmbito nacional é uma decisão do Ministério da Administração Interna (MAI) e foi anunciada em julho desse ano, tendo a autarquia assumido os encargos com as necessárias obras de requalificação do edifício a escolher. A UEPS é um organismo de âmbito nacional que vai suceder aos Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e vem para a Guarda porque o respetivo decreto-lei determina a sua instalação em regiões de baixa densidade. O Comando desta Unidade é assegurado por um major-general, já em funções, coadjuvado por um segundo comandante com o posto de coronel. Atualmente, o Comando está no Quartel das Lages, em Coimbra.

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Efigénia Marques

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