O suspeito de ter morto a tiro dois cidadãos suecos e ferido gravemente um terceiro, na segunda-feira, em Bruxelas, tinha sido detido na Guarda, em 2015, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Contudo, o indivíduo de nacionalidade tunisina acabou por ser libertado pelo juiz do Tribunal de Pinhel sujeito a Termo de Identidade e Residência e a apresentações periódicas no posto policial.
Duas medidas de coação, as mais leves do sistema penal, que nunca cumpriu. A notícia é da revista “Sábado” desta quinta-feira, que adianta que o cidadão tunisino tinha sido detido na Guarda por se encontrar em situação ilegal em Portugal. Na altura, o SEF pediu a sua expulsão e não detetou sinais de radicalização. Na passada segunda-feira, o homem de 45 anos, que também estava ilegalmente na Bélgica e tinha sido proibido de entrar na Suécia, disparou contra várias pessoas vestidas com as camisolas da Suécia – que defrontou a seleção da Bélgica na fase de apuramento para o Europeu – numa rua do centro da capital belga. Dois adeptos morreram e o atirador pôs-se em fuga, mas foi abatido no dia seguinte pela polícia belga.
A “Sábado” noticia que estava referenciado por tráfico de seres humanos, residência ilegal e por pôr em perigo a segurança nacional.