Sociedade

Alunos da Secundária Afonso de Albuquerque reivindicam melhores condições

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Escrito por Efigénia Marques

Estudantes pretendem melhorias que garantam um melhor desempenho

Megafone, faixa pintada à mão, determinação e vozes afinadas foi assim que começou a concentração de um grupo de estudantes à porta da Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, numa ação organizada pelo Movimento Voz aos Estudantes na passada sexta-feira.
Os alunos reivindicaram «obras na biblioteca», «melhoria das condições de aquecimento do pavilhão e dos balneários», a contratação de «mais psicólogos», bem como a «efetivação do direito à educação sexual», a «disponibilização de forma gratuita de produtos de higiene íntima» e ainda de um micro-ondas para «os estudantes que trazem comida de casa». Mariana Robalo, aluna do 12º ano e representante na Guarda daquele movimento nacional, adiantou que estas propostas foram entregues à direção da escola através de um abaixo-assinado «com algumas medidas para melhorar a escola».
A contratação de mais psicólogos clínicos é uma delas porque a escola «só tem um psicólogo clínico para acompanhar cerca de mil alunos, o que não equivale ao que devia ser», disse Mariana Robalo. Obras na biblioteca para que não chova lá dentro e aquecimento nos balneários do pavilhão são outras exigências dos estudantes do liceu, como é também conhecido o estabelecimento de ensino guardense. «Estes são os problemas que achamos mais graves, mas juntámo-nos para reivindicar os direitos dos estudantes e exigirmos as melhorias na escola. Já houve algumas manifestações por parte do movimento Voz dos Estudantes um pouco por todo o país e agora foi a vez da Guarda», disse a representante do movimento.
Maria Duarte, aluna do 12º ano, sublinhou que esta «é uma luta que vale a pena e decidimos agir», pois «pretendemos sempre o melhor para os alunos e para a escola, mesmo não sendo nós a usufruir no próximo ano». Também Mafalda Coutinho, que frequenta o último ano do secundário, sublinhou que a integração neste movimento «é importante para a comunidade escolar, pois são os alunos que passam o dia na escola e é importante que esta tenha condições». Outro finalista, Duarte Marques, afirmou que esta ação dos estudantes «não é uma luta só por nós, mas também pelas próximas gerações», sublinhando que se não forem os alunos a reivindicar certos aspetos «ninguém o fará por nós». O aluno guardense diz-se esperançado na resolução destes problemas, pois «estas condições não foram possíveis para nós, mas espero que o sejam para os outros».

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Efigénia Marques

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