São 37 as unidades de saúde no país com urgências de várias especialidades com limitações até ao final da semana. O Hospital da Guarda é o que tem mais limitações uma vez que não consegue assegurar escalas a seis especialidades: Ginecologia/Obstetrícia, Cirurgia Geral, Ortopedia, Via Verde AVC, Medicina Interna e Anestesiologia. Por causa de todos estes constrangimentos, os hospitais podem adiar as cirurgias programadas, sendo que as cirurgias adicionais já não estavam a ser realizadas na Guarda.
O presidente da concelhia do PSD da Guarda esteve ontem reunido com o Conselho de Administração da ULS da Guarda e conta que o conselho dado é para «se cada um de nós tiver um problema em casa, devemos ligar para o SNS24 para ser automaticamente encaminhado para um hospital que tenha a especialidade necessária aberta nesse dia».
Júlio Santos lembra ainda que «o hospital mais perto está a mais de 50 quilómetros e em vida todos os segundos contam, pelo que em dezembro o problema vai agudizar-se». O presidente da concelhia do PSD desabafa que «nem tutela, nem ninguém tem solução para isso».
A partir de Janeiro, o social-democrata aposta que «não vão haver problemas» uma vez que as horas extra de cada profissional da saúde «voltam a zerar», mas de qualquer das formas, Júlio Santos, está «mais preocupado do que quando entrei neste Hospital porque não há resolução à vista nem linhas condutoras para resolver a situação».