Viagem ao passado no fim de semana, em Pinhel

Depois de dois anos de interregno devido à pandemia, a Feira Medieval de Pinhel regressou ao centro histórico da cidade no passado fim de semana.
Durante três dias, o evento, que começou na sexta-feira com o cortejo dos alunos do Agrupamento de Escolas e entidades institucionais, incluiu manjares, cortejos, torneios, teatro, música, dança e muita animação de rua. O tema deste ano foi “Guarda-Mor do Reino e Senhorios de Portugal – Guerras Fernandinas 1369-1373”. Na sessão de abertura, Rui Ventura, presidente da autarquia, afirmou que o objetivo é «fazer a diferença, mostrando às pessoas o que se passou neste território. Naturalmente que sabemos que em tudo o que diz respeito à época medieval há sempre uma lenda pelo meio e nós também as temos aqui para contar. As pessoas podem usufruir disso tudo, mas também de uma coisa muito particular, que é o espírito medieval através das vestimentas, da animação e do próprio ambiente envolvente».
Mas, para não ser repetitivo, este ano houve algumas mudanças: «À medida que os anos vão passando e para as pessoas não chegarem e dizerem que é todos os anos a mesma coisa quisemos fazer com que fosse diferente e acho que conseguimos», disse o edil. E uma das coisas que mudou foi a localização das tabernas porque «as pessoas que queiram comer e beber ficavam por aí, ou seja no meio da feira, e esta foi uma das formas de os fazer vir até cá cima às torres do castelo e percorrer a feira toda», justificou Rui Ventura. Tal como em edições anteriores, um dos momentos altos foi a ceia medieval, que desta vez teve lugar na Rua da República e juntou cerca de 250 comensais que se vestiram a rigor para um repasto da época.
No final da feira, o autarca disse a O INTERIOR que o balanço era «muito positivo» e que «não estava a contar com tanta gente», embora tenha acrescentado que, nos últimos anos, «a feira medieval superou sempre as nossas expetativas iniciais». Esta viagem ao passado atraiu muitos visitantes à “cidade-Falcão”, onde, «todos os dias, as ruas estavam cheias de gente, tal como os estabelecimentos comerciais, os espectáculos e a feira», adiantou o edil, que destacou a presença «de muitos portugueses, mas também de espanhóis».