Cerca de 7 milhões de euros é o valor dos prejuízos causados pelas chuvas fortes no concelho de Vila Nova de Foz Côa em meados de junho último.
Segundo um levantamento do município, cerca de 150 produtores foram afetados, sendo que na vinha, a principal atividade agrícola do concelho, foram apurados prejuízos em 1.130 hectares, o que equivale a mais de 5 milhões de euros, mas há também olivais e amendoais afetados. «Só na vinha os prejuízos rondam os 5,65 milhões de euros, e estas são previsões apenas para o corrente ano agrícola. No olival as perdas são de 394 mil euros e no amendoal de 258 mil euros», adiantou João Paulo Sousa, presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa. O autarca reclama ao Governo apoios para os agricultores compensarem os prejuízos provocados pela intempérie que assolou o concelho no mês passado.
«É evidente que gostei muito de cá ter a ministra da Agricultura, que veio com grande prontidão, mas não me fico agora pelos sorrisos, preciso de medidas concretas e que me diga se vamos ajudar os agricultores porque a calamidade foi enorme», sublinha o edil fozcoense. No passado dia 14 de junho, os viticultores de Foz Côa mostraram-se «desolados e desanimados» com o impacto da intempérie que assolou a zona do Douro Superior e que dizimou grande parte da cultura da vinha. De resto, João Paulo Sousa prevê que estes prejuízos se reflitam nas próximas campanhas agrícolas. «Este problema compromete esta campanha como vai comprometer a próxima. Mas nós só já queríamos o apoio para esta campanha», afirmou a O INTERIOR.
Os levantamentos foram feitos ao longo das duas últimas semanas e envolveram técnicos do município, Juntas de Freguesia, Adegas Cooperativas e Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.
Mêda estima dois milhões de euros de estragos na agricultura
As chuvadas de há duas semanas provocaram prejuízos da ordem dos «dois milhões de euros» na região da Mêda. A estimativa é adiantada por João Mourato.
O presidente da autarquia sublinha que este valor apenas diz respeito «aos estragos em termos agrícolas, não inclui danos em valas, estradas e caminhos». E reitera que se trata apenas de «uma estimativa», uma vez que o montante final ainda «está a ser apurado e avaliado» para ser remetido à tutela. «Posteriormente, o Ministério da Agricultura e a própria CCDR Centro darão uma resposta sobre o assunto», espera João Mourato..