A reunião do executivo covilhanense, marcada para esta manhã, ficou sem efeito, tendo sido agendada uma reunião extraordinária para a próxima quinta-feira.
Vítor Pereira, Presidente da Câmara deste município, alega que «apesar de ter a lei do seu lado, os interesses dos covilhanenses são demasiado importantes para andarem a ser esgrimidos na praça pública e nos tribunais» e garantiu que será encontrada uma forma alternativa de enviar os documentos aos vereadores «seja em suporte papel, cd ou pendrive».
O adiamento da reunião surge no seguimento de críticas por parte dos vereadores da oposição, nomeadamente de Adolfo Mesquita Nunes, verador do CDS, que, através de comunicado (enviado ontem), afirmou que a maioria socialista «na pessoa do seu Presidente, recusou-se enviar os documentos de suporte à reunião da Câmara». Na mesma nota era ainda referido que «foi exigido aos vereadores que, se quisessem, se deslocassem aos Paços do Concelho para poder aceder » aos documentos, facto que «viola de forma flagrante a lei».
Sobre estas acusações o autarca da Covilhã, Vítor Pereira, alega que a decisão de não enviar por correio eletrónico a informação em causa, se deveu a questões de segurança, por ter sido «alertado pelos serviços de informática da autarquia que o envio da documentação via internet não era seguro», mas admite que há «desconformidades» entre esta prática e o procedimento especificado na lei. O edil assegura que se trata de uma «situação transitória» e afirma que será encontrada nova solução.