Depois de decretada a abolição das portagens nas antigas vias sem custos para o utilizador, como a A25 e a A23, a Plataforma P’la Reposição das SCUT volta à carga e reivindica a abolição do pagamento em toda a extensão da A25, que liga Aveiro a Vilar Formoso.
Isto porque o movimento cívico «tomou conhecimento que a Ascendi, concessionária da A25, continua a cobrar portagens nos pórticos desta SCUT colocados em Esgueira-Aveiro Nascente; Estádio-Angeja e Angeja-Albergaria, perfazendo estes pórticos a cobrança ilegal de 0,90 euros na ida e mais 0,90 euros no
regresso ou vice-versa». Assim sendo, a plataforma que junta sindicatos, empresários e comissões de utentes quer que a gratuitidade de circulação na A25 seja garantida desde a «Gafanha da Nazaré a Vilar Formoso». E dirigem-se ao Governo que, segundo a Plataforma, «não deve permitir que a Ascendi continue a proceder à cobrança de portagens nos pórticos referidos já que a A25 é uma via contínua e a distinção entre concessões não pode servir de justificação para a manutenção das portagens neste troço». além disso, a Plataforma alerta também o Governo sobre o facto da Ascendi manter os «painéis na entrada de Vilar Formoso que indicam portagem eletrónica para viaturas de matrícula estrangeira com a confusão generalizada para quem nos visita».
Desde 1 de janeiro que a circulação na A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte), A25 (Beiras Litoral e Alta), A4 (Transmontana e Túnel do Marão), A13 e A13-1 (Pinhal Interior), A22 (Algarve) e A28 (Minho), nesta última autoestrada, apenas os troços de Esposende a Antas e entre Neiva e Darque, ficará isenta do pagamento de portagens. Com a aprovação da Lei nº 37/2024, de 7 de agosto, o Governo eliminou as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança, revogando o Decreto-Lei n.º 97/2023, de 17 de outubro. Recorde-se que o Parlamento aprovou, em maio, o projeto-lei do Partido Socialista para o fim das portagens nas ex-SCUT a partir de 1 janeiro de 2025. A proposta passou com os votos a favor do PS, BE, PCP, Livre, Chega e PAN e a abstenção da Iniciativa Liberal (IL). PSD e CDS votaram contra.