Região

Guarda continua a liderar poder de compra na região

Dsc 4537
Escrito por Efigénia Marques

Com 97,07 pontos, município está muito acima da média da região Centro, que é de 88,74, enquanto o indicador da Covilhã situa-se nos 86,63 pontos. A edição de 2019 do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio do INE confirma que todos concelhos da região progrediram, mas continuam abaixo da média do continente, de 100,62 pontos.

A Guarda continua a ser, de longe, o município com o maior índice de poder de compra per capita da região, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na semana passada. Com 97,07 pontos, a Guarda está acima da média da região Centro, que é de 88,74, e está cada vez mais próxima da média nacional (100,62).
A cidade mais alta lidera este indicador na região desde 1993 e voltou a subir
gradualmente depois das quedas registadas nos últimos anos. Em 2013, o índice de poder de compra per capita da Guarda era de 97,9 e ficou-se pelos 96,20 em 2017, a análise anterior do INE. Sem surpresas (ver quadro), o Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio de 2019 mostra também que os 17 concelhos do distrito da Guarda e Cova da Beira continuam abaixo da média nacional. Depois da Guarda, o único município da região acima dos 95 pontos, surgem a Covilhã com 86,63, Fundão (78,88) e Seia (76,58)), na prática os quatro concelhos mais dinâmicos das Beiras e Serra da Estrela. O município de Almeida (74,96) ocupa o quinto lugar desta classificação regional, enquanto Belmonte permanece acima da barreira dos 70 pontos, com 71,74. O índice de poder de compra dos restantes onze municípios situa-se entre os 59,88 de Fornos de Algodres e os 68,81 de Aguiar da Beira.
Os dados do INE mostram uma subida generalizada deste indicador em todos os municípios da região, sendo que o índice médio dos quinze concelhos que formam a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) passou de 78,49 em 2017 para 79,29 dois anos depois – Aguiar da Beira pertence à CIM Viseu Dão Lafões (81,50) e Foz Côa a CIM do Douro (76,30). A média do continente fica-se pelos 100,62 e a da região Centro pelos 88,74. Em 2019, apenas 22 dos 308 municípios portugueses, localizados sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, concentravam metade do poder de compra per capita nacional. De acordo com os dados do INE, «no conjunto, as duas áreas metropolitanas concentravam mais de metade (52 por cento) do poder de compra, apesar de reunirem 45 por cento da população do país».
O município de Lisboa apresentava o índice de poder de compra mais elevado (205,62), sendo o único município a mais do que duplicar o índice nacional. Além da capital, concentravam individualmente mais de 1 por cento do poder de compra nacional os municípios de Sintra, Oeiras, Cascais, Loures, Almada, Amadora, Seixal, Odivelas, Vila Franca de Xira e Setúbal e de Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Santa Maria da Feira. O índice de poder de compra da Guarda é superior ao de Viseu (95,70), de Castelo Branco (96,45) ou de Bragança (96,95). A 14ª edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, relativo a 2019 (EPCC 2019), tem como objetivo prestar informação ao nível do município que traduza o poder de compra manifestado nestes espaços geográficos.

Quadro

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Efigénia Marques

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