Região

Feira do Mundo Rural regressa à Mêda a 1 e 2 de Junho

Cesar
Escrito por Efigénia Marques

É a terceira edição de um certame que valoriza a apicultura, a caça, a ovinocultura, as chegas de bois e os produtos endógenos

No fim-de-semana de 1 e 2 de Junho a cidade da Mêda volta a receber a Feira do Mundo Rural, pelo terceiro ano consecutivo, um certame que «expõe o que se faz neste território e valoriza os nossos produtos e produtores», como explica o vice-presidente da Câmara Municipal, César Figueiredo.
No primeiro dia da Feira do Mundo Rural dá-se importância à «apicultura» com o segundo colóquio sobre a temática da «agricultura sustentável no nosso território», na manhã de sábado, e às matilhas com o «nono encontro de matilhas e matilheiros». César Figueiredo explica que a atividade cinegética «é um património dos nossos territórios» e reforça que entre «setembro e fevereiro traz centenas de pessoas ao território que dormem por cá e provam e adquirem os nossos produtos». Assim, ainda no primeiro dia da Feira do Mundo Rural, «há uma mostra de cães de caça, caçadores e arte da caça, que também é uma forma de controlar predadores e animais como os javalis».
Já no segundo dia, na manhã de domingo, realiza-se o primeiro encontro de tratoristas, uma vez que «é preciso maquinaria para tratar os nossos campos e é importante que os nossos agricultores convivam entre si». E vai ser privilegiada a ovinocultura «porque temos uma raça autóctone – a Churra Mondegueira, cujo livro genealógico está sediado na Mêda». César Figueiredo salienta que esta raça é «algo nosso, que gerimos, e que traz riqueza aos territórios» e sublinha a necessidade de mostrar aos jovens «como é que o leite e a carne chegam à mesa, como é feito o polar de lã que vestimos, etc. Há uma panóplia de situações que vão identificar o produto que é a ovelha e seus subprodutos». E, ainda no domingo, realiza-se uma «chega de bois e uma garraiada». Segundo o vice-presidente medense «não temos de ter vergonha de trazer cultura aos nossos territórios. Fazemos com cautela, defendendo os cuidados animais e valorizando os produtores que os têm».
Na Feira do Mundo Rural vão estar expostas cerca de «50 matilhas de caça maior, 20 cães por matilha e ainda à volta de 20 de caça menor, ou seja, coelho e perdiz» e ainda «produtores de ovelha Churra Mondegueira com algumas das suas ovelhas». Como assevera o autarca, «de ano para ano, queremos e estamos a aumentar o número de expositores», explicando que «começámos com um número reduzido e estamos a aumentar de forma gradual e consistente». Além dos espaços exteriores para os animais, a Feira do Mundo Rural também vai incluir um espaço fechado (a nave de exposições da Mêda) onde vão estar «associações, produtos autóctones e o Mercado da Terra com couves, batatas, mel, azeite e muitos produtos de excelência».
Desde o primeiro ano da Feira do Mundo Rural, César Figueiredo nota uma «evolução muito positiva na envolvência e interesse das pessoas, seja dos populares da Mêda, visitantes e até dos jovens». O vice-presidente acrescenta que este é também um certame «didático» em que também são envolvidos os alunos das escolas que «muitas vezes não sabem em que território estão inseridos» e, na Feira do Mundo Rural, podem «aprender sobre os animais e produtores que fazem parte do território em que vivem». Para o autarca, «não devemos ter vergonha» de viver e explorar o interior do país, concluindo que «não temos praia nem mar, este território é a nossa referência e devemos valorizar o que se faz por cá».

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Efigénia Marques

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