Região

Construção dos Passadiços do Côa a concurso

Escrito por Jornal O INTERIOR

Empreitada tem um preço base ligeiramente superior a 423 mil euros e destina-se a permitir a visitação de núcleos de gravuras na margem esquerda do rio e aceder ao Museu do Côa

A construção dos Passadiços do Côa vai custar mais de 423 mil euros, de acordo com o concurso público lançado pelo município de Vila Nova de Foz Côa. O procedimento foi publicado na segunda-feira no “Diário da República” e o valor do preço base é acrescido de IVA, tendo a empreitada um prazo de execução de 180 dias.

O projeto vai consistir na execução de passadiços e de escadarias em madeira, numa extensão de 865 metros, na margem esquerda do rio Côa para proporcionar uma visitação diferente a vários núcleos de gravuras rupestres. A estrutura terá a forma de uma das gravuras descobertas no Vale do Côa e classificadas como Património da Humanidade e foi desenhada e desenvolvida pelos autores do projeto no rio Paiva, na zona de Arouca. A iniciativa dinamizada pela Câmara de Foz Côa e pela Fundação Côa Parque, que gere o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, é financiada pelo Programa Valorizar e disponibilizará um percurso turístico, devidamente enquadrado na paisagem, para permitir uma melhor e mais fácil visitação da arte rupestre existente no local, no Vale de José Esteves e da Vermiosa, e a ligação ao Museu do Côa. A estrutura começará no sopé do espaço museológico.

«Os passadiços vão permitir ligar o santuário da arte rupestre ao museu e chegar a um conjunto de gravuras que neste momento estão pouco acessíveis. Trata-se de um projeto importante para facilitar o acesso a um equipamento que cada vez atrai mais visitantes», afirmou na altura Bruno Navarro. O presidente da Fundação Côa Parque acredita que o empreendimento será uma «mais-valia para a valorização do território do Côa» e pode servir de «atração para os turistas que utilizam a via fluvial» para descobrirem o vale do Douro. “A Fundação assumiu esse compromisso de abrir mais núcleos de arte rupestre ao público e julgamos que esta possibilidade de serem abertos dois novos núcleos, sem ser necessário fazer o transporte em viaturas todo-o-terreno, é muito interessante», acrescentou o responsável, segundo o qual a própria estrutura dos passadiços será «uma instalação artística que, vista de longe, causará um impacto fortíssimo».

Já Gustavo Duarte, autarca local, considera que o projeto vai gerar «uma maior aproximação do turismo fluvial do Douro com o Museu do Côa». Outro dos objetivos é ligar um novo passadiço à antiga estação de caminho-de-ferro do Côa, no troço desativado entre o Pocinho a Barca d’Alva, que foi concessionada ao empresário Paulo Romão para fins turísticos. Posteriormente, está prevista a construção de um cais de embarque junto ao Douro ao qual se acederá através dos passadiços.

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