O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) assinou, na quinta-feira, na Sertã, um protocolo com várias autarquias para a cogestão do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).
Com esta parceria os municípios passam a ter «uma forte palavra a dar na gestão desta área protegida», disse o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino. O protocolo inclui uma verba de 100 mil euros, financiada pelo Fundo Ambiental, para apoio técnico e operacional direcionado a atividades prioritárias de promoção do PNSE e de outras áreas protegidas durante 36 meses. O governante sublinhou a importância de, «finalmente», os municípios ingressarem na gestão dos parques naturais, uma vez que são «os legais representantes do povo para representar o seu território e não faz sentido estarem arredados de uma grande parte da área geográfica do seu concelho».
Para o secretário de Estado, os municípios farão «uma melhor promoção desse espaço do que o ICNF. Para além dos espaços ambientais, a valorização e captação de turistas é outra parte importante e os municípios têm melhores ferramentas para o fazer», considerou João Paulo Catarino. No entanto, o ICNF continuará a manter as mesmas competências nestas áreas naturais, assim como a sua fiscalização, enquanto outras competências terão de ser «executadas com outras entidades, como instituições de ensino superior e ONG’s de ambiente», acrescentou. A comissão de cogestão do PNSE é presidida pela Câmara de Manteigas e inclui ainda os municípios da Guarda, Covilhã, Celorico da Beira, Gouveia e Seia. Com a assinatura deste protocolo passam a ser 17 as áreas protegidas de âmbito nacional, de um total de 32 existentes em todo o país, que seguem este modelo de cogestão.
Cogestão do Parque Natural da Serra da Estrela avança
Câmara de Manteigas vai presidir a nova comissão de gestão