Região

Bombeiros de Fornos de Algodres ainda não substituíram viatura ardida no ano passado

Bombeiros
Escrito por Sofia Pereira

Corporação já angariou o dinheiro necessário, faltando as verbas da Proteção Civil para o pagamento integral do veículo

Já passou um ano desde os primeiros fogos do Verão passado na região e os bombeiros de Fornos de Algodres ainda não substituíram a viatura que ardeu em julho de 2022, na Arrifana, no concelho da Guarda. A corporação já angariou parte do dinheiro, mas «falta chegar a verba da Proteção Civil», esclarece o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Fornos de Algodres.
Fernando Rodrigues adianta que ao longo do último ano foram realizadas «iniciativas de solidariedade» e entregues «muitos donativos espontâneos», pelo que a instituição angariou «a maior parte» do valor da viatura, que custava cerca 130 mil euros. Em fevereiro de 2023, os bombeiros fornenses já tinham reunido 64 mil euros, mas tiveram de pedir um empréstimo à banca. «Fizemos a nossa parte e a população fez a dela, e bem, mas como o dinheiro não chegou fizemos um empréstimo de 25 mil euros e já pagámos a nossa parte», sublinha o dirigente. Fernando Rodrigues acredita que a viatura de combate a incêndios rurais vai chegar à corporação em agosto, mas explica que «o dinheiro em falta deve ser pago pela tutela, a Proteção Civil», para que o veículo seja entregue.
Sobre a viatura que foi comprada, o chassis é em segunda mão, mas o resto «foi feito à medida e conforme queríamos». O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Fornos de Algodres considera que a chegada da viatura vai ser «um acontecimento» e que o veículo é «bom, bonito e a população, o concelho e o distrito vão estar orgulhosos deste carro. Será uma mais-valia para a nossa corporação». Os próximos tempos vão ser «cada vez mais quentes» e as matas estão «cada vez mais sujas, apesar de ter havido um esforço de limpeza», reconhece Fernando Rodrigues, alertando que «com o tempo que temos tido é normal que haja mais floresta para arder e estamos preocupados».
Outra preocupação é a crise do voluntariado, um problema «transversal a todas as associações», segundo o dirigente fornense, para quem «não tem havido uma maior ajuda ao voluntariado por parte da tutela e, por isso, as pessoas têm fugido de ser voluntários». Mesmo assim, a corporação fornense está «pronta», pelo que «o concelho e distrito podem estar descansados que estamos preparados para o que der e vier», garante o presidente da direção da Associação Humanitária.

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Sofia Pereira

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