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Batalha de Castelo Rodrigo já tem centro interpretativo

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Escrito por Efigénia Marques

Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo assinou protocolo de cooperação com a Fundação Batalha de Aljubarrota para promover e divulgar equipamento

Seis núcleos e vários conteúdos multimédia e interativos ajudam a perceber os contornos e implicações de uma das batalhas mais decisivas da Guerra da Restauração. Foi travada entre portugueses e espanhóis nos campos da Salgadela, nas proximidades de Mata de Lobos, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, e passou à história como Batalha de Castelo Rodrigo.
O confronto é tema do mais recente centro interpretativo do concelho figueirense inaugurado na passada quinta-feira, feriado municipal, 358 anos depois da vitória das forças de Pedro Jacques de Magalhães sobre o exército do Duque de Ossuna. A 7 de julho de 1664, os portugueses derrotaram os espanhóis e goraram a estratégia de conquista de Lisboa pelas Beiras. Acontecimentos relatados e vivenciados num edifício recuperado nas proximidades dos Paços do Concelho, cuja ideia original foi de Manuel Braga da Cruz, membro da Academia Portuguesa de História, para quem «é fundamental dar a conhecer a importância desta batalha» naquele período conturbado.
Uma tarefa facilitada pelos conteúdos multimédia e interativos, mas também educativos, disponibilizados no espaço de dois pisos. Há também armas da época e armaduras em exposição, quadros alusivos aos protagonistas dos acontecimentos e um espaço com tecnologia 3D dedicado à batalha. Localizado no centro da vila, o equipamento foi inaugurado pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira. A adaptação do edifício representou um investimento da ordem dos 700 mil euros, comparticipados em 85 por cento pelo programa Centro 2020. A autarquia conseguiu ainda uma comparticipação de 70 por cento do programa “Valorizar”, do Turismo de Portugal, para a aquisição de equipamentos multimédia e conteúdos, orçada em 202 mil euros.
Na ocasião, a autarquia celebrou um protocolo de colaboração com a Fundação Batalha de Aljubarrota para promover o espaço a nível nacional e possibilitar a realização de mais investigações arqueológicas nos campos onde tiveram lugar as batalhas de Castelo Rodrigo e Aljubarrota. Está ainda prevista a implementação de um bilhete único para permitir mais visitas, bem como a realização de conferências, eventos, intercâmbio de informações e iniciativas, nomeadamente exposições temporárias. «Se mais gente nos visitar fica mais dinheiro na economia local e haverá mais postos de trabalho, que este interior tanto precisa. Nós também vamos promover este centro interpretativo em Espanha, que está aqui ao lado, apesar de na altura termos derrotado as suas tropas. Mas esses tempos já lá vão e hoje estamos de mãos dadas com os nossos vizinhos espanhóis e vamos tentar cativá-los para virem conhecer este espaço e o concelho porque o turismo pode ser a tábua de salvação do concelho», disse o presidente do município, Carlos Condesso.
Recorde-se a Fundação Batalha de Aljubarrota é também detentora do futuro Centro de Interpretação da Batalha dos Montes Claros, em Borba, que está associado à Guerra da Restauração, o que possibilitará «uma sinergia temporal rara no país» e contribuirá para criar «alicerces para um trabalho ainda mais vasto sobre esta época e estas batalhas», considera a autarquia. As comemorações do feriado municipal incluíram a recriação da batalha em Mata de Lobos e Castelo Rodrigo.

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Efigénia Marques

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