Há mais uma “voz” contra a prospecção e exploração de lítio. Trata-se da Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa, que manifesta «total solidariedade» com os municípios e mostra-se «desagradada» com a forma como o processo tem sido conduzido.
Reunido em Vilar Formoso (Almeida) na sexta-feira, o Conselho de Direção desta entidade decidiu apoiar os municípios da região que «se têm insurgido em relação ao atual modelo e à forma que tem sido adotada» nesta matéria. «Estando na iminência de avançar o concurso para atribuição de direitos às empresas para que avancem com os trabalhos no terreno, é do entendimento dos órgãos diretivos e associados desta associação que o confronto com os reais riscos e medidas de combate aos mesmos é urgente, como também o é o reforço do diálogo e da cooperação entre os agentes do território e o Ministério do Ambiente», adianta a Territórios do Côa em comunicado enviado a O INTERIOR.
A associação diz estar «absolutamente vinculada à defesa dos interesses e da proteção ambiental da sua região de influência», acrescentando que, «se acaso este processo mantiver os atuais contornos, lesará economicamente os proprietários de terrenos onde se possa confirmar rentabilidade à exploração, inviabilizará também investimento público e privado, poderá incorrer em riscos reais no bem-estar e qualidade de vida das populações locais, bem como na dinamização do próprio território para fins turísticos». São associados da Territórios do Côa os municípios de Almeida, Mêda, Pinhel, Sabugal, Trancoso (distrito da Guarda) e Penamacor (Castelo Branco). O Conselho de Direção é constituído pelos autarcas de Almeida (António José Machado), Pinhel (Rui Ventura) e Mêda (João Mourato).