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Como é que os Casinos em Portugal competem com o crescimento do online?

Luis Inverno
Escrito por Efigénia Marques

Foi apenas a partir de maio de 2016 que se começou a falar em jogo de casino online legal em Portugal, mas a trajetória de crescimento que o setor conheceu desde então é impressionante.

Segundo os dados tronados públicos pelo mais recente relatório do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), entidade que supervisiona e regula a atividade de jogo online em Portugal, no conjunto dos três primeiros trimestres de 2021, o volume de apostas online em jogos de fortuna ou azar disponibilizados pelos casinos online legais no nosso país atingiu os 5041,7 milhões de euros, mais 45,1% do que no período homólogo do ano passado.

Este crescimento no volume de apostas realizadas nesta categoria estendeu-se, igualmente, ao número total de apostadores que, de acordo com o relatório do SRIJ, ultrapassou a cifra de 2 milhões só nos primeiros nove meses do ano.

Não se poderá falar desta rápida adesão dos portugueses aos jogos de casino online sem se referir a longa tradição que os Casinos têm em Portugal.

Depois de vários anos a operarem num estado de semilegalidade, em 1928 o Estado decide atribuir licenças de exploração de jogo a três casinos, que deste modo, não só passaram a operar dentro da lei, como a permitir que os muitos portugueses que a eles recorriam incorressem no crime de prática de jogo ilegal.

Ao longo de todo o século XX e dos primeiros anos do séc. XXI, vários outros casinos juntaram-se a estes três pioneiros do jogo em território nacional, mas mais importante do que o número de casinos físicos existentes em Portugal atualmente, o importante é sublinhar que a maior parte das entidades gestoras destes casinos físicos apostaram, igualmente, em plataformas de jogo online.

Com isto em mente, será mais correto falar em competição ou em relação simbiótica entre casinos físicos e casinos online? É o que vamos tentar dar resposta nas próximas linhas.

Casinos físicos vs. Casinos online: uma relação simbiótica

Mais do que procurarem retaliar contra o advento do jogo online, a reinvenção dos casinos portugueses sempre passou por tentar estabelecer uma relação simbiótica com os casinos online.

Isto acaba por ser evidente não só pelo facto de muitas entidades operarem nos dois meios, como acontece, por exemplo, com o Casino de Espinho do Grupo Solverde e a sua plataforma Solverde.pt – apostas desportivas e casino online em Portugal, como também pela regulamentação atualmente em vigor que proíbe a competição entre casinos físicos e casinos online.

Para além de atuarem nos dois universos (físico e online), os casinos portugueses aproveitam para “pescarem” no online tecnologias que depois introduzem não só nos jogos que colocam à disposição de modo a torná-los mais interativos, como também na segurança e prevenção de fraudes durante as apostas (biometria, por exemplo).

Nesta via de dois sentidos, os casinos online também acabam por ganhar. A disponibilização de jogos que fazem sucesso nos casinos físicos, como é o caso das máquinas de jogo (Slot Machines), Roleta Francesa, Blackjack, Banca Francesa ou Poker acabam por não só promover os jogos de fortuna ou azar junto de mais jogadores, como faz despertar o interesse de inúmeros portugueses que, depois de jogarem online, querem conhecer a experiência de apostar ao vivo.

E isto não acontece por acaso. Com uma rápida vista de olhos ao relatório do SRIJ, facilmente se descobre que os jogos que todos associamos ao glamour de um casino físico são aqueles que mais sucesso fazem entre os apostadores online portugueses.

Esse é o caso das Máquinas de Jogo (Slot Machines) que absorvem uma quota de apostadores que ultrapassa os 77% (77,57%) a Roleta Francesa atinge os 9,83%, o Blackjack/21 chega aos 5,22%, a Banca Francesa aos 3,85% e, finalmente, o Poker (não bancado e em modo torneio) alcança os 3,51%.

Sobre o autor

Efigénia Marques

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