Política

Rui Rio escolhe Chaves Monteiro na Guarda

Escrito por Jornal O INTERIOR

Líder do PSD afirmou que, «quando aparecem vaidades pessoais, a Comissão Política Nacional intervém e procura o candidato adequado às circunstâncias»

Rui Rio escolheu Carlos Chaves Monteiro para candidato do PSD à Câmara da Guarda nas próximas autárquicas, mas falta saber se será o suficiente para colocar um ponto final na polémica interna que agitou as hostes sociais-democratas nos últimos meses. De fora fica Sérgio Costa, líder concelhio, que tinha sido proposto pela concelhia local.

O anúncio do nome do atual presidente do município foi anunciado na passada sexta-feira pelo líder do partido, numa conferência de imprensa realiza em Coimbra. Rui Rio justificou que Chaves Monteiro, proposto pela Distrital do partido, não foi incluído na lista divulgada anteriormente por ser a primeira vez que é candidato à presidência do município, cujo executivo integra desde 2013 com a eleição de Álvaro Amaro, reeleito com uma maioria confortável quatro anos depois. O autarca guardense foi um dos 51 candidatos divulgados pelo presidente do PSD, que, após alguma polémica há duas semanas, fez questão de sublinhar que «agora é só anunciar, depois cada candidato se apresentará quando e como quiser». Rui Rio aproveitou também para esclarecer que «quando aparecem vaidades pessoais, a Comissão Política Nacional intervém e procura o candidato adequado às circunstâncias», tendo acrescentado que o processo de escolha de cabeças de lista tem sido pacífico «face àquilo que é o normal».

Foi com «muita satisfação» que Carlos Chaves Monteiro reagiu ao anúncio da sua escolha para concorrer à Câmara da Guarda. «Este era o meu desejo porque estou a meio de um trabalho muito importante para a cidade e para o concelho da Guarda e que terei o maior gosto e um grande orgulho em levar até ao fim», considerou o atual presidente do município. Num comunicado enviado a O INTERIOR, Chaves Monteiro – que também gravou um vídeo sobre a candidatura – sublinhou que esse trabalho é «muito importante porque está a transformar o concelho e a conduzi-lo para um grande ciclo de aumento da qualidade de vida dos seus habitantes!» e que irá criar «mais investimento, mais emprego e uma subida sustentada do rendimento médio “per capita”» dos guardenses.

«É, pois, justamente para poder continuar a liderar este salto qualitativo do nível de vida das pessoas da Guarda e das freguesias que quero apresentar-me, nas próximas eleições autárquicas, ao julgamento dos meus concidadãos», prosseguiu o edil, não sem antes recordar que escolha «não foi inteiramente pacífica». «Por isso, tem mais valor a confiança que a Comissão Política Nacional e o presidente do partido depositaram em mim. Tem mais valor ainda a confiança da Distrital que me indicou. Tem mais valor o apoio de inúmeros presidentes de Junta. Tem ainda mais valor a larga maioria que, na Assembleia Municipal, aprovou o orçamento da Câmara para este ano de 2021. No fundo, todos sentem que estamos a viver um tempo de viragem importante. Todos sentem que a Guarda se está a transformar – e todos querem participar pela positiva neste momento histórico da vida da cidade», acrescenta o agora candidato social-democrata, que diz ser esta uma «candidatura de projeto, de futuro», que não é «contra ninguém, que pretende agregar todos».

E Carlos Chaves Monteiro garante que, «no dia em que ganharmos, não haverá nem vencedores, nem vencidos, mas sim um projeto coletivo – da cidade e do concelho – que conta com todos para se afirmar!». O INTERIOR tentou contactar Sérgio Costa, que não esteve disponível até ao fecho desta edição. Já Carlos Condesso, presidente da Distrital, apelou à união do partido em torno desta candidatura. «O processo, que não foi pacífico, está agora completamente encerrado e é tempo de todos puxarem para o mesmo lado, até porque a escolha da direção nacional tem que ser respeitada», declarou o dirigente social-democrata. Esta terça-feira foi assinado um acordo nacional entre o PSD e o CDS-PP para permitir que haja coligações às autárquicas «em todos os concelhos em que ambas as concelhias o desejem e ambas as direções nacionais homologuem», disse Rui Rio.

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