A bancada do PS na Assembleia Municipal de Celorico da Beira apresentou um voto de protesto, aprovado por unanimidade na última sessão de 2018, pela suborçamentação da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda pelo Governo de António Costa.
Segundo o documento, no ano de 2018 previa-se uma verba de mais de 94,6 milhões de euros para a ULS e a execução orçamental ao terceiro trimestre indicava que a unidade hospitalar «já tinha sido contemplada com 110.314.240 euros», ou seja, cerca de 16 milhões de euros acima do valor inicialmente inscrito no Orçamento de Estado (OE) do ano transato. Para este ano, o OE atribui à ULS da Guarda «95.314.896 euros, o que dá um ligeiro aumento que não dará seguramente para realizar as obras do Pavilhão 5, do chamado “comboio”, onde estão alojados serviços como a maternidade e a fragilíssima Cardiologia, e isto sem falar no abandono dos pavilhões Rainha Dª Amélia e António Lencastre, nem tão pouco para colmatar a vinda de especialistas», criticam os socialistas de Celorico da Beira.
Na moção o PS exige ainda a construção da segunda fase do Hospital Sousa Martins, ironizando que «na cidade mais alta já temos dois Centros de Saúde, seguramente não precisamos de um terceiro». O texto aprovado na Assembleia Municipal termina pedindo que a ULS da Guarda «não seja discriminada» e que, «de uma vez por todas, respeitem as pessoas que vivem neste interior profundo»