Na conferência de imprensa, o presidente da secção local do PS falou sobre a abolição das portagens nas ex-SCUT, a fusão do Centro para a Economia e Inovação Social (CEIS) com o Centro de Formação Profissional de Competências de Envelhecimento Ativo (CCEA) e o Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela (PRPNSE).
Segundo António Monteirinho, o fim das portagens só foi possível porque «o PS deu seguimento a uma promessa do seu programa eleitoral e cumpriu, apesar dos votos contra do PSD e CDS-PP». O dirigente lembrou que era uma medida que «faz parte do Programa de Valorização do Interior que o PS persegue para contribuir para a fixação da população, diminuir assimetrias regionais, coesão e competitividade territorial». Para o concelho da Guarda, a isenção de pagamento das portagens na A23 e A25 traz «benefícios inquestionáveis, promovendo mais deslocações, mais investimento e desenvolvimento, comportando um atrativo fundamental para a região que culminará com a implementação do Porto Seco, posicionando a Guarda como um eixo fundamental de centralidade do interior da Península».
Sobre a fusão do CEIS com o CCEA no Centro de Competências para a Economia Social (CCES), o dirigente concelhio considerou que «demonstra falta de visão e de ambição para o futuro, significando um retrocesso preocupante num território transfronteiriço. Acabar com a sua dimensão ibérica é um retrocesso preocupante, pois perdem-se oportunidades de fortalecimento da cooperação entre os dois países, evidenciando uma visão limitada para o futuro do novo Centro e desconsiderando as oportunidades que a Guarda, enquanto região transfronteiriça, pode dar à economia social nacional». António Monteirinho lamentou também o facto do atual presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, «não se ter pronunciado publicamente relativamente a estas decisões do atual Governo da Aliança Democrática, mesmo quando estas prejudicam os interesses do concelho da Guarda e dos guardenses» e apontou como exemplo «o desinvestimento» no Programa de Revitalização do PNSE.
Para o presidente da concelhia do PS, o «silêncio ensurdecedor e falta de reivindicação e de atuação» do autarca reflete uma «tentativa de alinhamento político» com o PSD: «Por tudo isto, é legitimo pensar que o próximo candidato a presidente de Câmara pelo PSD será Sérgio Costa», ironizou António Monteirinho.
PS estranha «silêncio ensurdecedor» de Sérgio Costa sobre decisões do Governo
