Pedro Pires pode mesmo ser um problema para a candidatura de Luís Couto à Câmara da Guarda.
Para além da contestação de militantes e dirigentes socialistas pela sua inclusão na lista no quarto lugar, o atual chefe de gabinete da Secretária de Estado da Ação Social incorre, alegadamente, numa ilegalidade por ser diácono e celebrar missas em Gonçalo, a sua terra natal. Há mesmo um acórdão do Tribunal Constitucional, o nº 602/89, que considera que os diáconos e catequistas são «comparados a ministros de culto e, consequentemente, inelegíveis para as eleições autárquicas». O INTERIOR sabe que o caso está a ser analisado por várias candidaturas e deverá saber-se por estes dias se o juiz do Tribunal da Guarda valida ou não a suposta inelegibilidade de Pedro Pires.
A polémica parece perseguir o antigo presidente da Junta de Gonçalo desde que assumiu um papel preponderante na formação de uma lista independente, em 2013, com Virgílio Bento, que dividiu o PS e contribuiu para a eleição de Álvaro Amaro. Entre os socialistas da Guarda há também quem o acuse – e não lhe perdoe – ter feito «mais oposição ao PS do que a Álvaro Amaro e ao PSD na Guarda», nos últimos anos nos seus comentários na Rádio Altitude.