Luís Couto é candidato na Guarda para fazer da cidade «a locomotiva» do desenvolvimento do concelho e da região. O independente, atual diretor do estabelecimento prisional da cidade, confirmou na semana passada que aceitou o convite da direção nacional do PS para concorrer às próximas autárquicas e tentar recuperar o antigo bastião socialista.
«As pessoas não podem esquecer que a Guarda foi a capital da Beira Alta e hoje é aquilo que a gente sabe. Temos uma visão para o futuro, que integra todos e o que me levou a dizer sim foi a Guarda, o concelho, e a importância que esta ruralidade tem. E depois queremos fazer da Guarda a locomotiva para puxar por tudo isto», disse a O INTERIOR/Altitude nas suas primeiras declarações oficiais. Natural de Famalicão da Serra (Guarda), Luís Couto tem um vasto e reconhecido currículo na área da Reinserção Social, tendo sido subdiretor-geral na Direção-Geral de Reinserção Social (atual Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais) entre março de 2006 e janeiro de 2013. Posteriormente reassumiu a direção do estabelecimento prisional da cidade mais alta, cargo que acumulou com o da prisão da Covilhã. Em termos políticos, conta com uma passagem pela Assembleia Municipal da Guarda como deputado eleito pelo PS na década de 80 do século passado.
«Quando a direção nacional do PS me convidou pensei apenas numa coisa, na Guarda, e é disso vamos falar no dia da apresentação. O que é a Guarda hoje, o que pode e deve ser», antecipa, assumindo que a este «grande desafio» não podia «virar a cara». «Tenho a minha vida estabilizada e ela não depende unicamente de pensar a Guarda, mas faremos um árduo trabalho para modificar o caminho que estamos a atravessar», promete Luís Couto, que desvaloriza o «incómodo» que causou a demora em aceitar o convite socialista. «Há um momento certo para tudo, como para me apresentar. Sei que as pessoas têm andado muito incomodadas porque não digo nada, não me apresento, eu tenho o dia e a hora certa para isso ser feito», avisa, antecipando que a sua lista é composta pelos «melhores candidatos nas freguesias e na Guarda». Quanto à candidatura de Ana Mendes Godinho à Assembleia Municipal, Luís Couto não confirma nem desmente, dizendo apenas que isso caberá «mais tarde ou mais cedo» à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
«No dia da apresentação tudo será revelado e penso que as pessoas vão ficar muito agradadas com a nossa posição sobre aquilo que deve ser feito», sublinha o candidato, adiantando que a data escolhida, em meados deste mês, é «muito marcante» para a Guarda. Desfeita a indefinição que assombrou os socialistas nas últimas semanas, o momento é de união e de apoio ao independente. António Monteirinho, líder da concelhia e primeiro candidato proposto à direção nacional, já veio dizer que se sente «perfeitamente confortável» com esta escolha. «Muito honra o PS ter tão ilustre candidato nas nossas listas, temos a certeza absoluta que iremos construir uma equipa que será o reflexo da nossa cidade e será capaz de apresentar um projeto de desenvolvimento e de o concretizar», declarou o dirigente, que deverá ser o número três, a O INTERIOR/Altitude.
Na sua opinião, Luís Couto «acrescenta mundo» à candidatura socialista na Guarda pela sua «experiência e sucesso profissional», sendo mesmo «o candidato ideal neste momento». «Entre aquilo que é a ambição pessoal, o “umbigo”, de António Monteirinho e o que é o melhor para a Guarda, o PS optou pela Guarda e quer apresentar uma proposta ambiciosa para o desenvolvimento do concelho», justifica o dirigente, que vai estar «onde for útil e necessário ajudar». Escolhido o candidato, o socialista não poupa os sociais-democratas e considera que nas próximas autárquicas os guardenses vão escolher «entre o PS unido, com projeto e uma equipa capaz e um PSD completamente esfrangalhado e sem objetivos de futuro».
Luís Couto quer fazer da Guarda «a locomotiva» do desenvolvimento da região
Ana Mendes Godinho deverá ser a candidata do PS à Assembleia Municipal, enquanto Adelaide Campos e António Monteirinho serão segunda e terceiro na lista à Câmara