Política

Gustavo Duarte diz que PS ganhou graças aos votos do PCP e do BE

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Escrito por Efigénia Marques

PSD ficou-se pelos 33,52 por cento dos votos no distrito da Guarda, onde só foi o partido mais votado em três dos catorze concelhos (Aguiar da Beira, Mêda e Pinhel), e voltou a eleger apenas um deputado

As primeiras reações de Gustavo Duarte, cabeça de lista do PSD pelo círculo eleitoral da Guarda, revelaram alguma surpresa com o resultado final do partido no distrito e no país. «Não estávamos à espera, até pelas sondagens dos últimos dias que davam empate técnico, e na realidade os resultados foram muito diferentes. Mas o povo é que manda e temos de aceitar o veredicto popular, esse é que conta», afirmou o antigo autarca de Vila Nova de Foz Côa na noite de domingo.
Nestas legislativas o PSD apenas conseguiu 33,52 por cento dos votos e a eleição de um deputado na Guarda. Com menos 567 votos face às eleições de 2019, os sociais-democratas só venceram em três dos 14 concelhos do distrito: Aguiar da Beira, Mêda e Pinhel (ver quadros nas págs. 6 e 7). Gustavo Duarte justifica este desfecho com o «voto útil na extrema esquerda. Numa primeira análise parece-me que temos mais ao menos os mesmos votos que há dois anos, o que houve de facto foi esse voto útil da extrema esquerda, do PCP e do Bloco de Esquerda, no PS». Pelas suas contas, aqueles dois partidos «perdem cerca de 5 mil votos no distrito e o PS ganha 6 mil, por isso parece-me que, talvez com medo que Rui Rio ganhasse as eleições, a extrema esquerda votou útil no PS».
Os sociais-democratas não conseguem um dos seus objetivos, que era a eleição do segundo deputado, sendo Gustavo Duarte o único eleito do PSD pelo círculo da Guarda na Assembleia da República. «O compromisso que quero deixar aos guardenses e a todo o distrito é que, embora sozinho, irei fazer tudo aquilo que puder e souber para defender este distrito e a sua população. É isso que me proponho a fazer. Claro que se tivesse companhia era mais fácil, mas vou sozinho e tudo farei para que possamos concretizar as reivindicações e o programa que apresentamos à população», afirmou o sucessor de Carlos Peixoto em São Bento.
Carlos Condesso, líder da distrital, faz a mesma leitura de Gustavo Duarte e considera que o resultado do PSD é uma consequência do «voto útil no PS, que conseguiu captar votos ao Bloco e ao PCP». Para o dirigente, «essa mensagem passou e os portugueses disseram que queriam continuar a ter um Governo do PS», enquanto na direita a «mensagem do PSD não passou, houve uma grande divisão de votos para o Chega e para a Iniciativa Liberal penalizando com isso o PSD». Na sua opinião, o partido deve fazer agora «uma profunda reflexão e análise» destes resultados e decidir «qual será o caminho para criar uma oposição credível, que tente cativar os portugueses» nos próximos quatro anos.
Apesar desta derrota a nível local, Carlos Condesso afasta a hipótese de se demitir da presidência da distrital, para a qual foi eleito em julho de 2020, argumentando que se assim fosse «todos os líderes das distritais tinham de o fazer», uma vez que o PS ganhou em todos os distritos. O também presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo recordou ainda que nas últimas diretas para a presidência do PSD a distrital Guarda não apoiou Rui Rio, que está de saída da liderança social-democrata. O INTERIOR também solicitou um comentário a João Prata, número dois da lista, mas este declinou prestar declarações.
A nível distrital o melhor resultado do PSD foi no distrito de Aguiar da Beira onde conseguiu 43,70 por cento dos votos. Já em Manteigas os sociais democratas receberam apenas 27,38 por cento dos votos, o pior resultado no distrito da Guarda.

 

As primeiras reações de Gustavo Duarte, cabeça de lista do PSD pelo círculo eleitoral da Guarda, revelaram alguma surpresa com o resultado final do partido no distrito e no país. «Não estávamos à espera, até pelas sondagens dos últimos dias que davam empate técnico, e na realidade os resultados foram muito diferentes. Mas o povo é que manda e temos de aceitar o veredicto popular, esse é que conta», afirmou o antigo autarca de Vila Nova de Foz Côa na noite de domingo.
Nestas legislativas o PSD apenas conseguiu 33,52 por cento dos votos e a eleição de um deputado na Guarda. Com menos 567 votos face às eleições de 2019, os sociais-democratas só venceram em três dos 14 concelhos do distrito: Aguiar da Beira, Mêda e Pinhel (ver quadros nas págs. 6 e 7). Gustavo Duarte justifica este desfecho com o «voto útil na extrema esquerda. Numa primeira análise parece-me que temos mais ao menos os mesmos votos que há dois anos, o que houve de facto foi esse voto útil da extrema esquerda, do PCP e do Bloco de Esquerda, no PS». Pelas suas contas, aqueles dois partidos «perdem cerca de 5 mil votos no distrito e o PS ganha 6 mil, por isso parece-me que, talvez com medo que Rui Rio ganhasse as eleições, a extrema esquerda votou útil no PS».
Os sociais-democratas não conseguem um dos seus objetivos, que era a eleição do segundo deputado, sendo Gustavo Duarte o único eleito do PSD pelo círculo da Guarda na Assembleia da República. «O compromisso que quero deixar aos guardenses e a todo o distrito é que, embora sozinho, irei fazer tudo aquilo que puder e souber para defender este distrito e a sua população. É isso que me proponho a fazer. Claro que se tivesse companhia era mais fácil, mas vou sozinho e tudo farei para que possamos concretizar as reivindicações e o programa que apresentamos à população», afirmou o sucessor de Carlos Peixoto em São Bento.
Carlos Condesso, líder da distrital, faz a mesma leitura de Gustavo Duarte e considera que o resultado do PSD é uma consequência do «voto útil no PS, que conseguiu captar votos ao Bloco e ao PCP». Para o dirigente, «essa mensagem passou e os portugueses disseram que queriam continuar a ter um Governo do PS», enquanto na direita a «mensagem do PSD não passou, houve uma grande divisão de votos para o Chega e para a Iniciativa Liberal penalizando com isso o PSD». Na sua opinião, o partido deve fazer agora «uma profunda reflexão e análise» destes resultados e decidir «qual será o caminho para criar uma oposição credível, que tente cativar os portugueses» nos próximos quatro anos.
Apesar desta derrota a nível local, Carlos Condesso afasta a hipótese de se demitir da presidência da distrital, para a qual foi eleito em julho de 2020, argumentando que se assim fosse «todos os líderes das distritais tinham de o fazer», uma vez que o PS ganhou em todos os distritos. O também presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo recordou ainda que nas últimas diretas para a presidência do PSD a distrital Guarda não apoiou Rui Rio, que está de saída da liderança social-democrata. O INTERIOR também solicitou um comentário a João Prata, número dois da lista, mas este declinou prestar declarações.
A nível distrital o melhor resultado do PSD foi no distrito de Aguiar da Beira onde conseguiu 43,70 por cento dos votos. Já em Manteigas os sociais democratas receberam apenas 27,38 por cento dos votos, o pior resultado no distrito da Guarda.

Carina Fernandes

Sobre o autor

Efigénia Marques

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