Francisco Robalo não vai recandidatar-se à presidência da concelhia da Guarda da JSD, cujas eleições decorrem em meados de fevereiro, por não se «identificar com o posicionamento da Distrital e da Concelhia do partido porque as ideias para a Guarda não estão a ser debatidas», considera.
Em declarações a O INTERIOR, o dirigente e deputado municipal denuncia que «a única coisa que importa é garantir o lugar das pessoas que estão à frente das estruturas para que consigam atingir objetivos pessoais e não os coletivos». A «falta de cooperação» é outro argumento invocado para não se recandidatar à presidência da secção local da Juventude Social Democrata da Guarda. «Enquanto cidadão do interior e da Guarda e militante do PSD, sinto que o partido tem medo de se expressar. Não consegue ter uma opinião própria. Quem está no partido não consegue pensar pela própria cabeça e nesse sistema não me enquadro», justifica.
Francisco Robalo lembra, por exemplo, o que se passou quando o Parlamento aprovou a abolição das portagens e os deputados do PSD votaram contra. «A JSD não gostou e pronunciou-se nesse sentido. Mas a concelhia e a Distrital do PSD uniram-se contra nós apenas porque expressámos a nossa opinião», lamenta. Em jeito de despedida, o jovem social-democrata olha para os últimos dois anos como sendo «de atividade política intensiva» e acredita que deixa a concelhia da JSD «melhor do que a encontrei», tendo trazido para o partido «jovens com espírito crítico, interessados em contribuir e que se identificam com o PSD».