Política

Elementos do gabinete da extinta Secretaria de Estado da Ação Social colocados na Segurança Social

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Escrito por Efigénia Marques

A Secretaria de Estado da Ação Social já é passado para parte do gabinete de Rita Cunha Mendes.
A antiga titular do cargo deverá assumir um lugar na administração central da Segurança Social, em Lisboa, enquanto Pedro Pires, chefe de gabinete, e Joana Costa, adjunta, passaram a ser técnicos superiores do Instituto da Segurança Social. Quem ainda não conseguiu colocação foi Fábio Pinto, outro adjunto da ex-secretária de Estado. Os três concorreram a um concurso, aberto em dezembro de 2021, para o preenchimento de 14 postos de trabalho de técnico superior, na modalidade de contrato a termo resolutivo certo, pelo período de quatro anos, nos serviços em Lisboa. Como requisitos eram exigidas licenciatura em Serviço Social, Sociologia ou outra, «desde que o candidato tenha comprovada experiência em fundos comunitários». Ao que O INTERIOR apurou, Pedro Pires foi classificado pela «experiência e currículo relevante» para o posto de trabalho a ocupar por não ter formação na área, enquanto Joana Costa tem formação na área.
A situação está a desagradar a alguns socialistas, embora fonte do partido contactada por O INTERIOR, tenha admitido que «já ninguém fica escandalizado, é o costume». O que não caiu bem foi também o facto deste concurso ter sido aberto antes das eleições, «o que deixa entender que já se saberia que a Secretaria de Estado iria acabar», acrescentou o mesmo dirigente, que pediu para não ser identificado. Quem já se pronunciou foi a concelhia do PSD da Guarda, agora liderada por Júlio Santos. Para os sociais-democratas, a Secretaria de Estado «não foi mais do que uma “hospedaria” dos “boys” socialistas que integraram as listas candidatas pelo PS à Assembleia da República pelo círculo eleitoral da Guarda, a quem se somaram mais uns quantos “bons rapazes” devotos do partido que foram desta forma recompensados».
O PSD lamenta ainda que aquele gabinete governamental não tenha contemplado, «nos seus quadros, nenhum técnico superior de Serviço Social ou com habilitações próximas da área de intervenção, tendo optado por técnicos com formações muito distintas e afastadas da especificidade que a Ação Social requer», o que «foi um claro indicador de ineficácia e de inércia na atuação e na intervenção na ação social».

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Efigénia Marques

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