A política é hoje um pântano de infâmia e maledicência. Vale tudo para lançar má fama, acusar de mandante, atirar perfídia sem limite. A ausência de prova não impede o vilipêndio e conseguir extirpar o rumor ou as infâmias é obra maior que governar. Assim era Roma quando ascendeu Nero e poucas provas há de que tenha incendiado Roma. Parece mesmo que teve nobres ações ao abrir a sua fortuna para ajudar os romanos no momento mais difícil. Nos anos idos de 65 d.C., a política já era igual à de agora. Por uma coincidência deslumbrante, a libertação das vozes silenciosas, que o “wokismo”, ou fanatismo moralista dos do “fascismo nunca mais”, ou dos animalistas, ou dos construtores de regras para o pensamento, surge com a ascensão de um Nero extravagante, milionário e desconcertante. A romanização da América é agora o espetáculo a que vamos assistir com deslumbre. Há sinais claros de uma desconstrução para a saúde, para a energia, para o investimento. Não é uma destruição, é uma nova logística, um arrumo de prioridades, um despontar de silêncios que o “wokismo” construiu e subjugou. Roma tem um imperador e o mundo muda. Não quer dizer que gostemos, ou que apreciemos o caminho, mas é a mudança de modo extravagante, sem amarras aos cânones, sem obrigações com a preexistência.
A inteligência artificial, o narcisismo, as energias eficientes, os negócios, a desregulação dos fios de prumo condicionam a necessidade de respostas refletidas. A oposição a esta romanização tem de ser eloquente sem ser aborrecida, tem de ser culta, sendo imaginativa, tem de ser com balizas éticas que servirão de travesseiro após os combates. O mundo humano corre para uma necessidade sociobiológica que a todos fará chorar e entristecer: a redução brutal da população mundial. Não é um desejo, é uma violência que brota de sermos oito biliões. As colmeias, os formigueiros e outros animais sociais também regulam a quantidade. Nero, os narcisos e os negócios vão prevalecer alguns anos e depois tudo se renovará, talvez sem luz!