A semana passada falei sobre autoconfiança e hoje é sobre a nossa autoestima, sim, sobre o valor que cada um atribui a si e que se manifesta através do amor próprio, ou pela falta dele.
A nossa autoestima, no dia-a-dia, revela-se na relação que temos connosco e também com os outros.
Começando pela relação que cada um desenvolve consigo.
No outro dia, ouvi alguém dizer que era uma pessoa de palavra, mas que não tinha palavra consigo própria. Ou seja, ela é capaz de assumir um compromisso com os outros, mas não com ela, o que é revelador do nível de autoestima.
O amor próprio saudável, cuida-se pelo respeito que cada um deve ter por si.
Aliás, não é por acaso que se diz que “quem ama, cuida”, e isso deve começar, em primeiro lugar, por cada um de nós.
Por exemplo, se alguém quer passar a deitar-se mais cedo, em vez de adormecer a ver televisão no sofá até às quinhentas, pode estipular a hora que acha que deve ir para a cama e cumprir com isso. Parece obvio, mas muitas pessoas preferem o prazer imediato e depois vivem insatisfeitas com o resultado das suas escolhas.
Outra maneira de vermos como está a nossa autoestima, é através da forma como reagimos a um elogio verdadeiro, aqui entra a relação com os outros.
A nossa reação aos elogios tende a ser automática, tendemos a dar o mesmo tipo de resposta às mesmas conversas, a menos que sejamos apanhados desprevenidos, nessa altura, por vezes ficamos sem graça e sem saber o que dizer.
Nas reações automáticas, encontramos os gabarolas, os falsos humildes e os que sabem agradecer um elogio porque têm a noção do seu verdadeiro valor.
Ter autoestima é assumir o nosso valor, sem nos fazer passar nem por mais, nem por menos do que ninguém.
Quando alguém se tem em boa conta e não cuida bem de si, ou anda distraído ou muito preguiçoso.
As pessoas que se têm em má conta, vão sempre a tempo de descobrir os seus talentos e encantos e quem precisa da validação dos outros, quando começar a reconhecer e a elogiar quem merece, verá que tem essas qualidades e tantas outras.
Quando somos capazes de nos ver, sentir e compreender, tal como somos, passamos a acreditar mais em nós e ocupamos o nosso espaço com a tranquilidade típica de quem nada tem a provar aos outros. Agimos em nome do amor próprio, com todo o respeito e cuidado que nos é devido.
Olha e tu? O que podes fazer para cuidar melhor de ti?